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Rio-2016: Venda de ingressos deixa Comitê Paralímpico decepcionado

Com apenas 29% de entradas comercializadas ao evento que tem início em 7 de setembro, presidente da entidade que gere o esporte no país coloca a culpa na falta de divulgação

19 jul 2016 - 19h22
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Crise financeira, falta de divulgação, deixar para a última hora... Os motivos são muitos, mas o problema é um só: a fraca venda de ingressos para a Paralimpíada do Rio de Janeiro, em setembro. Até o momento, apenas 29% das entradas foram comercializadas, o que preocupa até mesmo o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons.


                        
                        
                    Andrew Parsons está decepcionado com a venda de ingressos para a Paralimpíada (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)
Andrew Parsons está decepcionado com a venda de ingressos para a Paralimpíada (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)
Foto: Lance!

Nesta terça-feira, durante a convocação da equipe que defenderá o país nos Jogos, realizada em São Paulo (SP), o dirigente comentou sobre a baixa procura dos torcedores que, até o momento, adquiriram 700 mil tíquetes dos 2,5 milhões disponíveis.

Para Parsons, o sentimento atual do CPB é de decepção, especialmente com a promoção da imagem da Paralimpíada, que terá início no mês seguinte à Olimpíada, e acontece entre os dias 7 e 18 de setembro

- Acho que há uma certa decepção quanto à venda de ingressos. Até por termos como parâmetro os Jogos de Londres (ING), em 2012. Mas conhecemos o brasileiro e sabemos que eles vão comprar de última hora. Quando chegar à segunda metade dos Jogos Olímpicos, a venda vai disparar. Confiamos nisso - analisou o dirigente, antes de completar:

- A promoção dos Jogos poderia ser maior. É um evento razoavelmente novo para a maioria do público brasileiro. Deveríamos ter tratado a Paralimpíada como um produto específico, e não só parte dos Jogos Olímpicos. A Olimpíada todos conhecem, a Paralimpíada, nem todos. Precisava de um reforço de comunicação. Poderíamos ter feito melhor.

Para André Brasil, nadador dono de dez medalhas paralímpicas, o problema vai além da falta de promoção, e atinge um pouco ainda mais específico no país: o preconceito.

- Fico chateado quando vemos ingressos, aí vejo um pouco de preconceito, para ver o Usain Bolt a R$ 2.500, às vezes para ficar do outro lado da arquibancada, enquanto a Terezinha Guilhermina, o André Brasil, o Daniel Dias, estarão ali, bem perto, por R$ 90. Não falta divulgação, falta as pessoas quererem. Grandes atletas são iguais, e teremos muitos deles na Paralimpíada - disse Brasil.

Em termos de comparação, para os Jogos Olímpicos do Rio, que terão início no dia 5 de agosto, 72% dos ingressos já foram comercializados.

Para alguns atletas abordados pela reportagem, a esperança é que o "jeito brasileiro" de deixar tudo para a última hora seja, de fato, o causador da baixa procura por entradas.

- A venda antes dos Jogos é relativamente baixa. Mas isso acontece aqui e lá fora. Isso não me preocupa em nada, porque no Parapan do Rio, em 2007, foi a mesma coisa e, durante as competições, estava lotado - comentou o nadador Clodoaldo Silva.

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