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'Resgatada' por Zé, Suelle lidera o Barueri, une fãs e rala na cozinha

Do grupo que aceitou jogar sem salários para fazer o projeto do treinador sair do papel, ponteira é a única que segue como titular, mesmo se dividindo entre vôlei e gastronomia

15 dez 2017 - 08h09
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Depois de um ano em baixa por lesões e sem mercado, Suelle, um dos destaques da Superliga feminina de vôlei com as cores do Hinode Barueri, tenta dia após dia retribuir a confiança do treinador tricampeão olímpico José Roberto Guimarães e buscar uma nova chance na Seleção Brasileira.

- O Zé Roberto praticamente me resgatou para o vôlei - lembra a ponteira de 30 anos, ao LANCE!.

A Copa Brasil, que reúne os oito melhores classificados no primeiro turno da Superliga, é uma das metas do time paulista, quinto colocado. Nesta sexta-feira, o Barueri encara o Vôlei Nestlé (4º), às 19h30 (de Brasília), no Ginásio José Liberatti, em Osasco (SP), por vaga na semifinal, em boa oportunidade para a atacante mostrar seu valor.

A paranaense foi uma das 11 atletas que aceitou, no ano passado, o desafio de fazer a equipe sair do "zero", disputar a terceira e a segunda divisão do vôlei brasileiro, e chegar à elite. Inicialmente, jogou sem salários, pois o time ainda não tinha investidores. Daquele grupo, é a única que se manteve como titular, mesmo após a chegada do patrocinador atual, que bancou nomes de peso, como as bicampeãs olímpicas Jaqueline e Thaisa.

A levantadora Ana Cristina, a ponteira Érika, a central Fernanda Ísis, a oposto Sara e a líbero Dani Terra, que compuseram o elenco principal na Superliga B, hoje são reservas.

- Estou deixando as coisas acontecerem. Tento corresponder à responsabilidade que o Zé colocou para mim, que em outros time eu não tive. É difícil, mas acredito ser possível voltar à Seleção. Estou feliz - falou a atleta.

Da Suelle que chegou a Barueri após um desentendimento com o técnico do Pinheiros, Paulo de Tarso, para a atual, a diferença é grande. Na época, sofria com a falta de ritmo de jogo, devido a um problema no ombro direito que a impediu de seguir na Seleção, pela qual foi bronze no Grand Prix em 2015. Especialista em recepção, ela é atualmente uma das atletas que mais acumula tempo dentro de quadra na Superliga.

Outra mudança é de comportamento. Distante das redes sociais durante a maior parte da carreira, a jogadora deixou a timidez de lado e hoje mostra com frequência a vida fora das quadras aos mais e 50 mil seguidores no Instagram.

Um exemplo são as aventuras na cozinha, onde a ponteira planeja o futuro no dia a dia. Ela cursa o segundo semestre de Gastronomia à distância, na Unip, e quer ser empresária do ramo quando deixar o vôlei.

- Penso em uma linha saudável. Quero cozinhar cada vez melhor e ter meu restaurante. Quero muito aprender a cozinhar bem, para mim - disse Suelle, que já fez book fotográfico e também curte o lado "modelo" de vez em quando.

Na última quinta-feira, o Camponesa/Minas venceu o Fluminense por 3 a 1, em Belo Horizonte, e avançou à semifinal da Copa Brasil. Nesta sexta, acontecem outros dois jogos. O Dentil/Praia Clube, líder do turno da Superliga, encara o São Cristóvão Saúde/São Caetano, às 19h30, em Uberlândia. O Sesc-RJ (2º) enfrenta o Pinheiros, às 20h, no Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro.

As semifinais estão marcadas para o dia 18 de janeiro de 2018, e a grande decisão acontecerá no dia seguinte. As partidas serão realizadas no Ginásio Jones Mimoso, em Lages (SC).

BATE-BOLA

Suelle

Ponta do Hinode Barueri, ao LANCE!

'Quis mostrar a Suelle fora das quadras'

Como tem sido o desafio de mostrar serviço ao Zé Roberto?

Estou tentando retribuir a confiança e sei que trabalho ao lado de um dos melhores técnicos do Brasil e do mundo. Tento absorver tudo. Estamos trabalhando juntos há um ano, desde a Superliga B. Espero evoluir sempre. Ele é um técnico muito exigente. Tento corresponder.

O que te levou a expor mais a Suelle fora das quadras este ano?

Nunca fui de me expor. Mas percebi que as pessoas que seguiam, algumas desde a época de infanto e juvenil, me perguntavam muito. Até que pensei: "por que não dividir meu dia a dia com elas?". Elas se dedicam tanto, têm tanto carinho, viajam cidades para nos ver jogar. Quis mostrar quem é a Suelle fora das quadras também. Estou curtindo.

E o lado musa? Como vê isto?

Fiz um book este ano. Quando você faz uma experiência dessas, as pessoas começam a se interessar por outro lado seu. Estou gostando. Quando aparece uma oportunidade, eu aceito. Curto todas essas áreas extra-quadra que têm surgido para mim.

QUEM É ELA

Nome

Suelle do Prado Oliveira

Nascimento

29/4/1987, em Curitiba (PR)

Posição

Ponteira

Altura e peso

1,87m/72kg

Conquistas

Campeã da Copa Pan-Americana de 2011 e bronze no Grand Prix de 2015, com a Seleção Brasileira; bronze no Mundial de clubes de 2014, com o Sesi-SP; campeã da Superliga 2010/2011, com o Rexona-Ades (atual Sesc-RJ).

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