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Problema antigo: Palmeiras é apático e não joga 'decisão' como se esperava

Mano Menezes disse que time não poderia jogar como no início dos empates com Inter e Atlético-MG. Só que novamente a postura foi um problema nos minutos iniciais na Vila

10 out 2019 - 00h12
(atualizado às 00h30)
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Mano Menezes disse momentos antes do início do jogo, que o clássico contra o Santos era uma decisão. Pois o Palmeiras repetiu um problema que marca este grupo desde Luiz Felipe Scolari: a apatia em grandes jogos. Com início muito ruim, o time sofreu dois gols em 17 minutos e jogou um balde de água muito gelada na torcida que esperava ver o atual campeão pressionar o Flamengo.

Palmeiras teve atuação ruim contra o Santos na Vila Belmiro (Foto: Ricardo Moreira/Fotoarena/Lancepress!)
Palmeiras teve atuação ruim contra o Santos na Vila Belmiro (Foto: Ricardo Moreira/Fotoarena/Lancepress!)
Foto: Lance!

Só que, em vez disso, o time agora perdeu a vice-liderança para o Santos e pode ver o primeiro colocado abrir oito pontos, caso vença o Atlético-MG, no Maracanã, nesta quinta. Os tropeços nas últimas três rodadas vão fazendo com que o palmeirense acredite cada vez menos na chance de terminar o ano com um título - e acabar zerado seria trágico pelo investimento feito.

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- Não podemos começar mal, como nos últimos dois jogos. Fora de casa é mais difícil recuperar. Hoje é jogo de decisão, exige comportamento de decisão e tentamos preparar a equipe para isso - afirmou Mano, ao Premiere. O técnico certamente ficou bastante frustrado com os minutos iniciais de sua equipe, que até teve uma chance com Gustavo Scarpa, mas desde o começo sofreu na transição defensiva.

Os pontas do Santos muitas vezes enfrentaram os laterais palmeirenses no mano a mano. Cada chegada dos mandantes era uma dor de cabeça para os visitantes. E nem a solidez em bola parada se manteve na Vila: após falta batida na área aos 12 minutos, Gustavo Henrique cabeceou entre Vitor Hugo e Luan, Marcos Rocha deu condição, e assim o Palmeiras ficou atrás no placar.

Cinco minutos depois, a rebatida de Jailson para o meio da área deixou Marinho muito confortável para marcar o segundo do Peixe. E assim o Palmeiras rapidamente se colocou em um buraco que não conseguiu sair.

A lesão de Luiz Adriano, poupado contra o Atlético-MG por desgaste, só piorou o pesadelo alviverde, que passou a jogar com um ataque mais móvel, tendo Carlos Eduardo em um lado, Dudu no outro, e Willian centralizado. Nem assim Éverson foi incomodado.

Ao se ver em uma situação complicada tão cedo, o Palmeiras fez aquilo que Mano Menezes já havia alertado em outras oportunidades: ficou no meio do caminho entre o jogo direto, e a ideia de propor com a bola, como deseja o técnico. Os pontas não voltavam, à espera da roubada dos defensores e lançamento rápido, e os poucos lances ofensivos eram encerrados com cruzamentos pouco perigosos, mesmo com a área pouco povoada.

A expulsão de Willian, após análise do VAR, acabou com qualquer ideia de uma reação, que já parecia muito distante. Contra Internacional e Atlético-MG, o time ainda conseguiu se recuperar de um começo complicado e salvou um ponto em cada jogo. Na Vila Belmiro, passou longe disso.

Assim como não estava tudo certo nas cinco vitórias com Mano Menezes, não está tudo errado nos três jogos atuais sem vitória. A mudança de trabalho no meio de um campeonato custa caro.

Mas além de adaptações táticas, a postura do time é um problema. Foi assim no Paulista, foi assim na Copa do Brasil, foi assim na Libertadores, e foi agora contra o Santos. Quando mais se espera do Palmeiras, o resultado não aparece, e isso é algo que comissão técnica e diretoria terão de analisar quando forem montar o grupo de 2020. A questão mental é um ponto negativo neste elenco.

Com 14 jogos para o fim, ou o Palmeiras arranca como fez na conquista do título em 2018, ou repete a frustração de 2017.

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