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Presidente do Real Madrid, Florentino Pérez fala sobre Superliga: 'Fizemos isso para salvar o futebol'

Mandatário do clube espanhol também é o presidente da Superliga Europeia e discutiu a criação da competição em entrevista na Espanha

19 abr 2021 - 19h34
(atualizado às 19h44)
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Nesta segunda-feira, Florentino Pérez, presidente do Real Madrid e da Superliga Europeia, discutiu a criação da competição no programa espanhol 'El Chiringuito'. O dirigente deu fortes declarações e explicou os motivos do torneio.

Florentino Pérez é presidente do Real Madrid e da Superliga (Foto: DOMINIQUE FAGET / AFP)
Florentino Pérez é presidente do Real Madrid e da Superliga (Foto: DOMINIQUE FAGET / AFP)
Foto: Lance!

- Os clubes importantes de Inglaterra, Itália e Espanha tem que dar uma solução à uma situação muito ruim que o futebol está atravessando. Temos que rentabilizar os ingressos fazendo jogos mais competitivos - disse Florentino Pérez.

O dirigente também falou sobre o motivo da criação da Superliga Europeia, e deixou uma forte declaração.

- O futebol tem que evoluir. A pandemia acelerou o processo porque estamos todos arruinados. A Champions perdeu o interesse. Fizemos isso (Superliga) para salvar o futebol - afirmou o dirigente espanhol.

ENTENDA A SUPERLIGA

Até o momento, os participantes da nova Liga são Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham, pelo Big Six inglês. Na Espanha, Atlético de Madrid, Barcelona e Real Madrid fazem parte da cúpula. Pela Itália, Inter de Milão, Juventus e Milan concluem o grupo. Outros três clubes são aguardados para dar início ao torneio.

O molde do torneio giraria em torno de 20 clubes, dentre os quais 15 são os fundadores. As partidas ocorreriam nos meios de semana e as equipes seguiriam participando de seus campeonatos nacionais, conforme o calendário tradicional. Em um modelo parecido com o da NBA, os grupos seriam divididos em dois, cada um com 10 integrantes, dentre os quais três avançariam diretamente às quartas de final.

Os clubes que terminarem a primeira fase em quarto e quinto de seus grupos, disputarão entre si, em dois jogos, quem assume as vagas restantes. Assim como na Liga dos Campeões, os confrontos pela fase inicial e playoffs seriam de ida e volta. A final, todavia, será disputada em jogo único e local neutro.

Segundo o comunicado emitido pela organização da Superliga, a ideia central é elevar o patamar do futebol europeu.

- Proporcionará um crescimento econômico significantemente maior e apoio ao futebol europeu por meio de um compromisso de longo prazo com pagamentos de solidariedade ilimitados que crescerão de acordo com as receitas da Superliga - afirmou o comunicado da Superliga

- Estes pagamentos de solidariedade serão substancialmente mais elevados do que os gerados pela atual competição europeia e deverão ser superiores a € 10 bilhões durante o período de compromisso inicial dos clubes - concluiu.

Ainda sobre pagamentos, a Superliga prometeu uma base financeira por volta de € 3,5 bilhões para os clubes fundadores compensarem os prejuízos pela pandemia da Covid-19 e melhorarem suas infraestruturas. Caso o valor se confirme, seria superior aos pagos pela Uefa em todas suas competições (Liga dos Campeões, Liga Europa e Supercopa Europeia).

Já Andrea Agnelli, vice-presidente da organização, e presidente da Juventus, afirmou que a Superliga aumentaria a solidariedade entre os clubes, e tornaria o esporte mais atraente para os fãs.

- Nossos 12 clubes fundadores representam bilhões de fãs em todo o mundo e 99 troféus europeus. Nós nos reunimos nesse momento crítico permitindo que a competição europeia se transformasse, colocando o jogo que amamos numa base sustentável para o futuro a longo prazo, aumentando substancialmente a solidariedade e dando aos torcedores e jogadores amadores um fluxo regular de jogos de destaque que irão alimentar a sua paixão pelo jogo e, ao mesmo tempo, fornecer a eles um modelo atraente - disse o italiano.

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