PUBLICIDADE

LANCE!

Placar da final feminina inova e ironiza diferença salarial

Ação da Federação Paulista de Futebol, em parceria com a ONU Mulheres e agência BETC/Havas, aponta que mulheres recebem 20% menos que os homens

16 nov 2019 - 14h40
(atualizado às 14h46)
Compartilhar
Exibir comentários
Placar da FPF TV mostrava diferença salarial entre homens e mulheres (Foto:Reprodução)
Placar da FPF TV mostrava diferença salarial entre homens e mulheres (Foto:Reprodução)
Foto: LANCE!

O salário médio de uma mulher é 20,5% inferior ao de um homem, segundo o IBGE. Este dado chamou a atenção de milhares de espectadores que acompanharam, neste sábado (16), a transmissão da final do Paulista Feminino 2019 ao vivo pela FPF TV, canal oficial da Federação Paulista de Futebol, organizadora da competição. O Corinthians venceu o São Paulo por 3 a 0 e sagrou-se campeão na Arena Corinthians.

A ação #PlacarPelaMudança, criada pela agência de publicidade BETC/Havas para a Federação Paulista de Futebol, com apoio da ONU Mulheres, usou o resultado da grande decisão para evidenciar essa diferença, tirando os mesmos 20% do valor de cada gol marcado: em alguns momentos, o placar na tela da FPF TV exibia 0,8 em vez do número 1, ou 1,6 em vez de 2, mexendo também no placar agregado da grande final.

"Acreditamos que a decisão do Paulista Feminino 2019, que termina com uma visibilidade recorde histórica, é uma oportunidade para questionarmos sobre o fato de que as mulheres ainda têm remuneração menor em relação aos homens no mercado de trabalho", disse Aline Pellegrino, diretora de Futebol Feminino da Federação Paulista de Futebol.

"É imprescindível, principalmente nos dias atuais, trazer à tona discussões importantes para o crescimento da nossa sociedade. O espaço e a forma como a mulher ocupa a sociedade é uma dessas discussões", completou Aline.

"Estamos lutando pelo reconhecimento não só do futebol feminino no país, mas também pela igualdade de gênero. Para que as mulheres tenham sua representatividade e importância reconhecida no mercado de trabalho, inclusive na questão salarial", ressalta a diretora executiva de criação da BETC/Havas, Andrea Siqueira.

"Nossa ideia foi fazer com que cada gol tivesse o mesmo valor do salário das mulheres, quando comparado ao dos homens, para jogar luz nessa questão e chamar a atenção para essa desigualdade", completou a criativa Milena Cabral.

Para explicar aos espectadores que não se tratava de um erro no placar da FPF TV, a narradora Camilla Garcia, as comentaristas Nathalia Ferrão e Juliana Santos, e as repórteres Mari Pereira e Marilia Galvão também embarcaram na ação, abordando o tema e estimulando a participação dos usuários do Facebook na discussão.

Lance!
Compartilhar
Publicidade
Publicidade