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Operação salários: o que o Vasco busca pagar após vender Marrony

Clube tem dívidas de diferentes níveis com jogadores e funcionários. Acordos e um empréstimo feito para quitar a dívida com o atacante vendido também são urgentes

17 jun 2020 - 07h41
(atualizado às 12h23)
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A venda de Marrony se deu, efetivamente, para o Vasco minimizar os atrasos salariais do clube. E o processo que vem sendo executado em São Januário é para, no final das contas, viabilizar o Cruz-Maltino o mais rapidamente possível. Para tanto, uma engenharia financeira se faz necessária.

São Januário vive tempos sombrios, mas as coisas podem começar a melhorar (Rafael Ribeiro/Vasco)
São Januário vive tempos sombrios, mas as coisas podem começar a melhorar (Rafael Ribeiro/Vasco)
Foto: Lance!

Pouco mais de R$ 16 milhões chegarão ao clube, e a ideia é que de uma só vez. De acordo com a apuração do LANCE!, o objetivo da diretoria é quitar os vencimentos de janeiro para quem ainda não recebeu, assim como os valores devidos de fevereiro e março.

O ressarcimento aos torcedores abastados que quitaram, na semana passada, a dívida do clube com Marrony também é uma urgência. Tal pagamento se deu para o jogador não ter a possibilidade de entrar na Justiça e rescindir o contrato durante a negociação com o Atlético-MG.

Este valor é pouco superior a R$ 800 mil. A folha salarial do departamento de futebol, incluindo direitos de imagem (atrasados desde agosto), gira em torno de R$ 3,5 milhões. Sem contar os demais setores. O Vasco avalia conseguir quitar o devido no clube do início deste ano até março.

Com a diferença do montante pago pelo Atlético-MG, alguns acordos judiciais inadiáveis ou já atrasados também deverão ser pagos. E a partir do retorno da rotina do futebol brasileiro, seja quando e como for, receitas oriundas de publicidade, patrocínios e afins são as fontes que o clube vai tentar utilizar para que a roda continue girando.

Atualmente, o Vasco deve:

- Fevereiro, março e abril para os jogadores.

- Uma parte de março, e abril para funcionários que recebem até R$ 1.800.

- Parte de janeiro, parte de fevereiro, março e abril para funcionários que recebem mais de R$ 1.800.

- Valores de quase um ano relativos a direitos de imagem ou pagamentos a pessoa jurídica.

A conta acima se dá a partir do acordo interno que o Cruz-Maltino tem, que prevê vencimento sempre no dia 20 de cada mês (para a justiça, o quinto dia útil é que vale). Deste modo, caso consiga quitar os débitos até esta sexta-feira (19/6), o Vasco ficará devendo, aos colaboradores do clube, somente salários relativos ao mês de abril.

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