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Objetivo, Dani Alves conduz Tricolor que o torcedor quer ver: o do 2º tempo

Desconcentrado, São Paulo saiu perdendo logo no começo do primeiro tempo e poderia ter sofrido mais gols. Depois do intervalo, também por causa de Liziero, time melhorou muito

16 nov 2019 - 19h28
(atualizado às 19h34)
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O São Paulo apresentou duas versões de si mesmo no empate por 1 a 1 com o Santos, neste sábado, na Vila Belmiro. O time de Fernando Diniz esteve desconcentrado e desorganizado no primeiro tempo, mas foi corajoso e intenso no segundo.

Daniel Alves comemora o gol de empate do São Paulo na Vila - FOTO: Jota Erre/Photo Premium/Lancepress!
Daniel Alves comemora o gol de empate do São Paulo na Vila - FOTO: Jota Erre/Photo Premium/Lancepress!
Foto: Lance!

Daniel Alves simboliza essa antítese. A etapa inicial do camisa 10, embora não tenha sido ruim, ficou marcada pelo lance em que ele ofereceu um contra-ataque para o Santos ao tentar dar um chapéu para trás em vez de fazer o passe óbvio para Vitor Bueno. A jogada terminou com Carlos Sánchez aproveitando um corte desastrado de Tiago Volpi para chutar do meio de campo e quase fazer 2 a 0.Como já aconteceu em outros clássicos, o São Paulo parecia jogar em uma voltagem menor que a do adversário. Eram pouco mais de cinco minutos quando Jucilei vacilou duas vezes seguidas no meio de campo e Arboleda deu um carrinho desnecessário que obviamente resultaria em pênalti para tentar desarmar Evandro. Sánchez converteu a cobrança.

A partida mudou de mãos depois do intervalo. Uma das razões fundamentais foi a entrada de Liziero, que jogou muito bem, no lugar de Jucilei, pesado demais para um jogo contra o levíssimo time do Santos. Tchê Tchê, Liziero e até Daniel Alves melhoraram demais a saída de bola tricolor e fizeram o time evoluir com inteligência para o campo de ataque, a ponto de sufocar o dono da casa em alguns momentos.

A postura também mudou. O São Paulo esteve mais concentrado, mais corajoso, mais sério. E aí entra novamente a figura de Daniel Alves. Ele foi o grande protagonista do gol de empate: desarmou Vitor Ferraz, deu belo lançamento para Vitor Bueno ganhar um raro (até ali) duelo de um contra um pela esquerda e correu para a área para finalizar sem firula e balançar a rede.

Ao lado de Liziero, Daniel foi o melhor jogador em campo na etapa final. Mostrou que, quanto mais objetivo for, mais poderá colaborar. Chapéus e canetas vão ajudar menos a melhorar o jogo dos companheiros - tecla em que ele sempre bate - do que passes de primeira e movimentação inteligente, algo que se viu na Vila Belmiro e que, indiscutivelmente, o jogador tem capacidade para fazer.

Com Juanfran na direita, Daniel Alves foi escalado como um armador livre para se movimentar por todo o campo. Um acerto de Fernando Diniz na ausência de Antony, que estava suspenso e ainda tem uma lesão muscular na coxa esquerda para curar. A estratégia deve ser mantida nos próximos jogos.

O resultado e o desempenho do segundo tempo vêm para aumentar a confiança de um time que havia jogado muito mal e perdido as duas últimas partidas, ambas em casa. De negativo, fica o jejum em clássicos como visitante, que completou 1.004 dias neste sábado: são 18 jogos, com 13 derrotas e agora 5 empates desde a última vitória, que foi contra o Santos, na mesma Vila, pelo Paulistão de 2017 (3 a 1).

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