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O que o São Paulo pode tirar de bom (e ruim) da queda na Sul-Americana

Eliminação diante do Colón coloca mais uma mancha na gloriosa história do São Paulo, mas alivia o calendário do segundo semestre e deixa lições para buscar o título do Brasileirão

17 ago 2018 - 08h01
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Pela 18ª vez consecutiva, o São Paulo despediu-se de um torneio de mata-matas antes da decisão. O dado é terrível e fica pior ainda se considerarmos que o algoz da vez foi o Colón, clube que tem apenas 30 partidas em competições da Conmebol. E mais: a derrota por 1 a 0 no jogo de ida, no Morumbi, foi a primeira do Tricolor diante de adversários argentinos em sua casa.

O time que encarou o Colón nesta quinta-feira, em Santa Fé - FOTO: Pato Aguilera/São Paulo FC
O time que encarou o Colón nesta quinta-feira, em Santa Fé - FOTO: Pato Aguilera/São Paulo FC
Foto: Lance!

Ok, essa eliminação alivia o calendário do segundo semestre e pode ajudar no Brasileirão, falaremos disso daqui a pouco, mas é imperativo que os jogadores saibam que ela colocou uma nova manchinha na história do clube e aumentou ainda mais a ânsia da torcida pelo título nacional. A julgar pelas declarações pós-jogo, eles sabem. Sentir as derrotas e saber absorvê-las pode ser um ótimo combustível para buscar vitórias.

- A gente sente muito. Não só alguns jogadores, mas todos, sentem uma eliminação assim. A gente queria seguir na Sul-Americana. Eu estou aqui falando com vocês, mas por dentro estou acabado, não queria ser eliminado, queria ser campeão. Eu estou bastante chateado por dentro, mas procuro me manter firme, cabeça erguida, para não afetar os outros jogadores. Agora é levantar a cabeça e foco total no Brasileiro - disse Reinaldo.

Os duelos contra o Colón deixam lições, por mais que Diego Aguirre tenha escalado um time com seis reservas na partida de volta. A postura ultra-defensiva dos argentinos obrigou o São Paulo a jogar da maneira que menos lhe convém, com a bola, tomando a iniciativa. No Morumbi, nada funcionou. Na Argentina foi melhor, sobretudo quando o time buscou as jogadas pelo lado, com Everton bem aberto, gerando espaços que não apareceram na ida. Não seria injusto se a vitória fosse por um placar maior do que 1 a 0, o que evitaria a disputa por pênaltis - o que, aliás, é outro pesadelo nos últimos anos.

É possível que até a bem-sucedida ideia de usar Carneiro e Tréllez juntos na parte final do jogo contra o Vasco, que valeu a liderança do Brasileirão, tenha surgido da observação das dificuldades que a equipe teve para furar o bloqueio do Colón. Vivendo e aprendendo...

Agora voltemos à parte realmente boa desta eliminação: o São Paulo tem apenas mais 20 jogos até o fim do ano, com várias semanas inteiras para trabalhar, o que pode ser um diferencial no segundo turno do Brasileirão - o vice-líder Flamengo está na semifinal da Copa do Brasil e ainda tem chance de passar às quartas da Libertadores.

Se tivesse avançado, o Tricolor encararia uma longa viagem a Barranquilla nas oitavas de final e poderia ter outras nas fases seguintes. Esta última semana já foi bem desgastante para o elenco, que está viajando sem parar desde sábado: foi para Recife no sábado, voltou para São Paulo na segunda-feira, viajou para Buenos Aires na terça, voou para Santa Fé na quarta, retorna a São Paulo na sexta... Há males que vem para o bem. O Tricolor precisará aproveitar.

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