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O que a Rússia pode oferecer de diferente contra a Espanha

A Rússia pega a Espanha, neste domingo, pelas oitavas e conta com retornos importantes, experiência "espanhola" de Cheryshev e estilo de jogo que encaixa com o espanhol

28 jun 2018 - 07h12
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A Rússia vai ter um teste de fogo na próxima fase da Copa do Mundo. A partida contra a Espanha, nas oitavas de final, neste domingo, às 11h, vai ser a segunda vez que os russos enfrentam uma seleção que já levantou a taça da competição. A primeira partida, uma derrota de 3 a 0 para o Uruguai, não foi muito animadora. Contra a Espanha, porém, os russos vão poder contar com aspectos importantes que não tiveram contra a Celeste, tais como a volta de Dzagoev, Golovin e Zirkhov, um estilo de jogo que encaixa com o da seleção espanhola e a experiência de Cheryshev no futebol espanhol.

A Rússia vai contar com o retorno de Dzagoev, Golovin e Zirkhov (Foto: Reprodução)
A Rússia vai contar com o retorno de Dzagoev, Golovin e Zirkhov (Foto: Reprodução)
Foto: Lance!

Estilo encaixa

A Rússia demonstrou um estilo de jogo muito sólido nos três jogos da fase de grupos. Assim como a Espanha, que também tem um estilo inconfundível, os russos mostraram consistência e souberam criar um padrão de jogo. A espinha dorsal do esquema russo é o meio de campo. Gasinsky e Zobnin marcam sobre pressão, uma marcação alta que conta com o apoio dos laterais Zirkhov e Mario Fernandes. A ideia é, ao recuperar a bola, fazer a ligação com o ataque o mais rápido possível. Nesse aspecto, a presença do meia Golovin é essencial, pois ele é a peça-chave que conecta o meio com os atacantes Cheryshev e Dzyuba. Nesse sentido, o estilo de jogo da Espanha, de posse e toque de bola é bom para a Rússia, tendo em vista, que eles tem essa marcação alta e gostam de jogar sem a bola, em um jogo de resposta e não de proposta.

Retornos importantes

A única derrota da Rússia na fase de grupo foi contra o Uruguai. Justamente quando atuou sem Golovin e Zirkhov. O primeiro estava suspenso por cartão amarelo e o segundo lesionado. Contra a Espanha, a Rússia conta com o retorno de seus dois importantes jogadores. Golovin desempenha um papel determinante, na conexão do meio com o ataque e é uma as revelações dessa Copa. Zirkhov é experiente e teve um desempenho muito bom contra Mohamed Salah, o jogador mais perigoso que enfrentou na Copa. Contra a Espanha, que conta com jogadores que jogam em alto nível em grandes clubes europeus, a experiência de Zirkhov é essencial.

Um russo quase espanhol

O ataque da Rússia é um dos melhores ataques da competição. Junto com Inglaterra e Bélgica, os russos tem oito gols na competição, com um poderio ofensivo e opções inferiores que as seleções citadas. Dos oito gols marcados pela Rússia, cinco foram feitos pela dupla Cheryshev-Dzyuba. Cheryshev, inclusive, joga na Espanha e defende as cores do Villarreal. O atacante disputou o mesmo campeonato e já enfrentou os defensores titulares da Espanha. Cheryshev joga na Espanha desde o início de sua carreira, sua formação foi feita no Sporting Gijón (1995-2000) e o russo coleciona passagens por Sevilla e Valencia, além do Real Madrid. O jogador está acostumado com o estilo de jogo espanhol, conhece grande parte dos jogadores que vestem a camisa vermelha espanhola e pode ser um aliado importante para o técnico Stanislav Cherchesov.

Instabilidade defensiva

Se o ataque da Rússia é um dos melhores da competição, a defesa da Espanha não tem tido vida fácil na Copa. Dentre as seleções campeãs mundiais, a Espanha tem a pior defesa, juntamente com a Argentina, com cinco gols sofridos. O sistema defensivo da seleção espanhola está fragilizado e o bom ataque russo pode se aproveitar dessa fragilidade.

A volta de Dzagoev

Dzagoev se contundiu na partida de estreia contra a Arábia Saudita e ficou todo esse tempo focando na sua recuperação, justamente para voltar na segunda fase. O jogador agrega em diversos aspectos, além da técnica indiscutível, Dzagoev traz experiência para o ataque. O retorno é importante para a moral russa que iniciou a Copa tendo que superar a ausência de dois craques. Além de Dzagoev, Kokorin foi cortado antes do início da competição. A volta do atacante traz mais possibilidades para o ataque, tendo em vista que Dzagoev pode jogar tanto centralizado, quanto mais aberto.

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