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Novata e veterana em alta: Rexona e Vôlei Nestlé decidem taça pela 11ª vez

Conduzidos pela potência de Drussyla e de Tandara, rivais duelam na final pela 11ª vez na história. Em fases distintas na carreira, ponteiras chegam à decisão cercadas de cuidados

23 abr 2017 - 00h03
(atualizado às 09h27)
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Uma decisão de Superliga feminina de vôlei exige atenção nos mínimos detalhes. Nada pode tirar o foco dos envolvidos, sobretudo de quem está em maior evidência. Casos de Drussyla, do Rexona-Sesc, e Tandara, do Vôlei Nestlé. Neste domingo, às 10h, na Jeunesse Arena, no Rio, elas tentam levar as equipes ao título no 11 encontro entre os rivais na final do torneio.

O momento das duas é bem distinto. Enquanto a atleta do time carioca, de 20 anos, vive experiência inédita na carreira, a brasiliense de 28 tem até medalha de ouro em Londres-2012 na galeria de conquistas. Tandara ainda busca o segundo título da Superliga (subiu no lugar mais alto do pódio na edição 2011/2012, também pela equipe de Osasco-SP).

Em comum, estão os braços potentes e o fato de ambas terem roubado a cena na classificação de seus times. Drussyla assumiu a vaga da holandesa Anne Buijs no terceiro jogo da semi contra o Camponesa/Minas. Foi eleita a melhor em quadra no quarto confronto e ganhou a confiança de Bernardinho. Já Tandara fez a diferença nas três vitórias do Nestlé sobre o Dentil/Praia Clube.

- Fiquei surpresa e agradeço muito a toda comissão técnica e o apoio das jogadoras pela confiança no meu trabalho. Sempre vou tentar dar o meu melhor para esse grupo - afirmou Drussyla logo após a semifinal.

A jogadora foi proibida pelo técnico do Rexona de dar entrevistas na semana do clássico, para não perder o foco. Ele quer tirar o peso da responsabilidade dos ombros da jovem.

Do outro lado, Tandara chega pela primeira vez à final na condição de destaque. Ela é a maior pontuadora da Superliga, com 408 acertos, melhor sacadora e segunda melhor atacante. O assédio durante a semana foi grande, e a diretoria evitou uma exposição excessiva. Mas não a impediu de falar com os jornalistas.

Voltar ao Parque Olímpico traz lembranças de um período difícil. Em julho do ano passado, a atacante brigava por vaga na Olimpíada do Rio de Janeiro durante o Grand Prix, cuja etapa brasileira aconteceu ao lado do palco da decisão. Na época, ela não atingiu a melhor forma e, semanas depois, acabou cortada. Hoje, diz que a fase é outra.

- Quero dedicar o título a mim mesma, por todo o meu histórico de um ano para cá. Faria toda a diferença para presentear meu momento - diz Tandara, ao LANCE!.

BATE-BOLA

Tandara Ponteira do Vôlei Nestlé, ao LANCE!

'Após o corte, venho em outra vibe, mais tranquila e confiante em mim'

Em junho do ano passado, você esteve no Parque Olímpico com a pressão de buscar uma vaga na Olimpíada e acabou cortada. O que mudou nesses 10 meses?

Foi pouco tempo, mas com certeza muita coisa mudou no período. A Tandara amadureceu desde o dia em que entrei aqui para disputar uma vaga na Olimpíada até agora, na final da Superliga. Venho em outra vibe, mais tranquila e confiante em mim. Acredito que isto tem refletido em quadra nos meus ataques.

Que avaliação faz do Rexona?

Acredito que, de todos os anos, o Rexona de agora é um time que erra um pouco mais. Apenas isso. Podemos esperar um jogo difícil, independentemente de quem estiver do outro lado, de a Drussyla estar em sua primeira final. É uma equipe coesa. Vamos tentar de qualquer maneira inverter isso a nosso favor.

A que se deve a grande quantidade de finais entre Rio e Osasco?

Eles têm tradição, com investimentos grandes. Não desmereço outros clubes, mas estes foram montados realmente para serem campeões

Com a palavra

Cena de quatro anos atrás se repete

Gabi

Ponteira do Rexona-Sesc

A Drussyla está aproveitando uma oportunidade maravilhosa na carreira, assim como eu tive há quatro anos aqui do Rexona, substituindo a Logan Tom em um momento complicado. Na época, com 18 anos, acabei como titular da equipe.

Ela vive um momento ainda mais difícil, pois perdemos a Natália, que era uma referência no ataque. A Drussyla assumiu uma responsabilidade como jogadora decisiva durante a semifinal. É corajosa. Que mantenha os pés no chão, a humildade e a coragem. Ela trabalha muito.

Apesar de ainda ser tímida para dar entrevistas, ela é brincalhona para caramba com a gente. Faz live no Instagram dançando.

A cabeça dela hoje é toda voltada para a quadra, mas foi bom ter jogado na areia durante um período. Ela ataca algumas bolas fantásticas, típicas de vôlei de praia, de craque, de tirar o chapéu.

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