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Nova ordem mundial do tênis: 100% de nacionalidades distintas no Finals

Com oito tenistas de nacionalidades diferentes entre os oito participantes pelo segundo ano seguido, torneio que encerra o ano comprova a diversificação do tênis mundial

12 nov 2018 - 12h59
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Basta uma olhada na lista de participantes do ATP Finals, torneio que reúne em Londres oito dos melhores tenistas da temporada, para notarmos a nova ordem do tênis mundial. Se em décadas passadas os europeus, americanos e australianos dominaram o esporte, nos últimos anos esse cenário mudou.

Os oito tenistas que disputam a chave de simples no ATP Finals posam para foto oficial em Londres (Divulgação)
Os oito tenistas que disputam a chave de simples no ATP Finals posam para foto oficial em Londres (Divulgação)
Foto: Lance!

Pelo segundo ano seguido, são oito nacionalidades distintas entre os oito participantes de simples. Em 2017, a edição teve espanhol, suíço, alemão, austríaco, americano, búlgaro, belga e croata. Neste ano o torneio conta com Novak Djokovic (Sérvia), Roger Feder (Suíça), Alexander Zverev (Alemanha), Kevin Anderson (África do Sul), Marin Cilic (Croácia), Dominic Thiem (Áustria), Kei Nishikori (Japão) e John Isner (Estados Unidos). Curiosamente, mesmo se não houvesse os desfalques por lesão de Rafael Nadal (Espanha) e Juan Martin Del Potro (Argentina), a situação seria a mesma.

"Estamos testemunhando uma das eras mais cativantes na história do esporte, com estrelas estabelecidas e novatos fenomenais. A profusão de talentos no circuito nunca foi tão vasta", afirma Chris Kermode, presidente da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais).

A globalização dentro de quadra também é reflexo de um trabalho fora dela. Nos últimos anos a ATP vem buscando inovações no esporte. A maior delas foi a criação do Next Gen (Próxima Geração), com promoções para os tenistas jovens. Foi criado um torneio, nos mesmos moldes do Finals, que reúne os oito melhores tenistas até 21 anos do ranking. Eles disputam em Milão o ATP Next Gen. E nesse torneio são lançadas inovações como relógio de tempo entre as jogadas, contagem de pontos diferenciada e outros experimentos.

Mesmo entre as superestrelas, a divulgação do esporte subiu de patamar. Nesta edição do ATP Finals, por exemplo, os oito tenistas de simples foram de metrô da estação de North Greenwich, local da arena O2, até Westminster, onde aconteceu o evento de lançamento do torneio. Os jogadores se misturaram aos passageiros comuns e causaram frenesi. Foi um festival de selfies e autógrafos.

"Foi um jeito legal e diferente de iniciar o evento", disse John Isner. "Vimos olhares surpresos no rosto dos passageiros, especialmente quando Roger (Federer) e Novak (Djokovic) entraram nos vagões", revelou o americano.

A atitude também rendeu comentários e brincadeiras dos tenistas.

"Isso é uma promoção do tour e acho legal. Para mim, que vivo em Londres, é algo normal pegar o transporte público. Faz parte da rotina dos moradores da cidade, ainda mais quando o trânsito é desastroso. Mas tenho certeza que o Federer andar de metrô é algo raro e único, pode apostar", brincou Jamie Murray, irmão de Andy Murray e parceiro de duplas do brasileiro Bruno Soares.Djokovic e Federer, entre outros, no metrô em Londres (Divulgação)

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