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Nova CIS inicia os trabalhos e terá papel importante nos bastidores do Santos; entenda

Caso a reprovação das contas do Peixe seja mantida pelo Conselho, comissão analisará autos para emitir parecer que pode indicar novo processo de impeachment contra Peres

8 jul 2020 - 08h01
(atualizado às 08h43)
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Homologada desde o último dia 30, em reunião virtual do Conselho Deliberativo, a nova Comissão de Inquérito e Sindicância iniciou os seus trabalhos desde a última quinta-feira.

Nova CIS foi definida na última reunião do Conselho, realizada virtualmente (Foto: Arthur Faria/Lancepress)
Nova CIS foi definida na última reunião do Conselho, realizada virtualmente (Foto: Arthur Faria/Lancepress)
Foto: Lance!

Na ocasião, a equipe que passará a integrar o grupo realizou uma videoconferência com os antigos responsáveis, que desligaram-se do cargo no dia 17 de junho em encontro online que rejeitou o parecer da CIS que indicava a abertura de novo pedido de impeachment contra o presidente José Carlos Peres, por conta da reprovação das contas do Peixe em 2018. Tanto o presidente da comissão, José Geraldo Barbosa, quando o relator, José Rubens Passos, relataram ofensas de conselheiros direcionadas ao grupo no ato da votação.

E a nova formação da Comissão de Inquérito e Sindicância, agora presidida pelo conselheiro Vidal Sion, e que também conta com Marília Bonavides (relatora), Paulo Silvares, Ricardo Moraes e Marcelo Prado, pode ter pela frente função fundamental no bastidor político, isso porque as contas do Alvinegro Praiano referente a 2019 foram reprovadas na última assembleia do Conselho Deliberativo, mesmo com superavit registrado de R$ 23,5 milhões.

O apontamento da Comissão Fiscal, votado favoravelmente pelos conselheiros, apontam irregularidades no pagamento de comissão ao empresário Renato Duprat, na venda do atacante Bruno Henrique ao Flamengo, em 2019, não registrada no Balanço Financeiro santista, além de gastos considerados excessivos no cartão corporativo e outros apontamentos que fizeram com que o parecer final do Conselho Fiscal afirmasse que a gestão é "além de temerária, inconsequente".O Comitê Gestor etá formalizando a sua devesa e dentro de 20 dias outro encontro do egrégio deve ser marcado para que novamente as contas sejam votadas. Persistindo a rejeição, a CIS entrará com a responsabilidade de analisar a defesa, observar possíveis provas que possam ser apresentadas durante o período, conferir os autos do processo e emitir um parecer que pode, entre outras coisas, solicitar a abertura de impeachment contra José Carlos Peres, algo que aconteceu em 2018. Contudo, diferentemente daquela ocasião, com a mudança estatuária do Santos, para adequação ao Profut, programa de refinanciamento de dívidas no futebol brasileiro, hoje caso a Comissão de Inquérito e Sindicância indique o impedimento e essa orientação avance entre os conselheiros, presidente do Alvinegro Praiano teria que ser sumariamente afastado do cargo até a Assembleia de Sócios, responsável pela decisão derradeira, o que aumenta a responsabilidade na decisão nova CIS.

Contudo, enquanto as questões referentes a reprovação das contas do Santos em 2019 não avança a comissão, alguns processos em abertos foram passados pela tiga cúpula para a nova. Desses, alguns já haviam o relatório com os pareceres, mas os atuais integrantes analisarão ates de "baterem o martelo". A equipe que deixou o CIS servirá paralelamente como base de suporte, caso seja necessário.

A principal responsabilidade da Comissão de Inquérito e Sindicância é analisar todos os protocolos emitidos quórum de assinaturas, por conselheiros fazendo alegações referentes ao clube. O grupo, portanto, faz todas as análises à luz jurídica e emite um parecer que é levado para aprovação ou reprovação do Conselho Deliberativo.

* Sob supervisão de Vinícius Perazzini

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