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Nobre admite que levou Blackstar ao Verdão sem 'conhecimento suficiente'

Ex-presidente diz que apresentou o diretor da empresa, que ofereceu patrocínio que pode chegar a R$ 1,4 bilhão em dez anos, com a polêmica proposta debatida nesta semana

15 dez 2018 - 14h24
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Em meio à polêmica proposta de patrocínio da Blackstar, que pode chegar a R$ 1,4 bilhão em dez anos, ao Palmeiras, Paulo Nobre resolveu se pronunciar. O ex-presidente do clube utilizou seu Twitter para admitir que apresentou Rubnei Quícoli, diretor da empresa, a Genaro Marino, vice-presidente e candidato da oposição na eleição do Verdão, que teve Maurício Galiotte reeleito no dia 24.

- No mês passado, o Senhor Rubnei me procurou durante a campanha presidencial na Sociedade Esportiva Palmeiras, logo após a Crefisa sinalizar que sairia caso o Genaro ganhasse a eleição! Expliquei que estava completamente afastado, mas que o apresentaria ao Genaro com a condição de que a proposta fosse para a Sociedade Esportiva Palmeiras e não para o candidato - escreveu o presidente do Palmeiras entre 2013 e 2016.

- Não tenho conhecimento suficiente para emitir qualquer opinião sobre o Senhor Rubnei nem tampouco sobre a empresa Blackstar, mas, como palmeirense, fico muito honrado e orgulhoso de grandes empresas verem no Palmeiras um parceiro comercial - prosseguiu Paulo Nobre.

Confira abaixo a sequência de mensagens do ex-presidente sobre o caso:

A Blackstar International Limited, empresa com escritórios na Ásia e com atuação no mercado de energia e bioenergia, foi levada por Genaro Marino, candidato da oposição, e oferece o pagamento de R$ 1 bilhão à vista no ato da assinatura por um contrato de dez anos, o que daria R$ 100 milhões por ano. Haveria, ainda, recursos acessórios que poderiam fazer o clube arrecadar R$ 1,4 bilhão de 2019 a 2029.

Na terça, Rubnei Quícoli, representante da Blackstar, reuniu-se com Alexandre Zanotta, diretor jurídico, e Gesner Guiguet, diretor de marketing. Após o encontro, Zanotta enviou a Quícoli um questionário com 19 perguntas sobre a interessada, a serem respondidas até essa sexta. De acordo com a ESPN, não foram enviadas as respostas, pois o estafe da empresa de Hong Kong não entende o motivo para desconfiança quanto à natureza do negócio.

A tendência é de que o clube mantenha a parceria com Crefisa e Faculdade das Américas (FAM). O contrato atual acaba no próximo dia 31 e deve ser renovado por mais três temporadas, até 2021. Os valores com as empresas que já estampam as marcas no uniforme estão bem adiantados.

Para ter a exclusividade de toda a roupa, Crefisa e FAM vão pagar algo em torno de R$ 80 milhões por ano, com as mesmas bonificações atuais: R$ 4 milhões para uma vaga na Libertadores, R$ 6 milhões pelo título paulista, R$ 8 milhões pelo da Copa do Brasil, R$ 10 milhões pelo Brasileiro (o clube recebeu este valor após a recente conquista) e R$ 12 milhões caso vença a Libertadores.

Há a possibilidade, ainda, de a patrocinadora participar do pagamento de parte dos salários de Ricardo Goulart, que está próximo de acertar por um ano. Crefisa e FAM são comandadas pela conselheira Leila Pereira e já bancam fatias dos vencimentos de Lucas Lima e Borja, por exemplo. Além disso, Leila é uma das figuras mais influentes na política do clube e muito próxima a Maurício Galiotte - foi, inclusive, uma das maiores defensoras de sua reeleição.

Nobre diz que conheceu Rubinei Quícoli, diretor da Blackstar, em 2016, quando presidia Verdão (Reprodução/Twitter)
Nobre diz que conheceu Rubinei Quícoli, diretor da Blackstar, em 2016, quando presidia Verdão (Reprodução/Twitter)
Foto: Lance!
Lance!
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