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No reencontro CR7/Queiroz, Portugal na pressão:derrota será adeus à Copa

Após trabalhar com o craque no United e na seleção (Copa de 2010), técnico do Irã tem o amigo como rival e, se vencer o jogo desta segunda-feira, eliminará os Patrícios do Mundial

24 jun 2018 - 14h46
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Portugal e Irã se enfrentam, nesta segunda-feira, às 15h, de Brasília em partida decisiva pelo Grupo B. Com quatro pontos, os lusitanos avançam às oitavas com um empate. Um triunfo pode colocá-lo em primeiro, dependendo do resultado da Espanha (que enfrenta o eliminado Marrocos). Porém, o Irã tem três pontos e, se vencer, elimina os portugueses.

CR7 treina em Kratovo, base portuguesa na Copa, antes do embarque para Saranski. Nesta segunda-feira ele tem de voltar a mostrar serviço. O jogo com o Irã - treinado pelo ex-técnico e amigo Carlos Queiroz, vale vaga às oitavas (AFP)
CR7 treina em Kratovo, base portuguesa na Copa, antes do embarque para Saranski. Nesta segunda-feira ele tem de voltar a mostrar serviço. O jogo com o Irã - treinado pelo ex-técnico e amigo Carlos Queiroz, vale vaga às oitavas (AFP)
Foto: Lance!

O jogo marca um reencontro esperado desde que iranianos e portugueses caíram no mesmo grupo. De um lado Cristiano Ronaldo. Do outro, comandando os persas, o treinador Carlos Queiroz, que trabalhou com o craque no Manchester United (Queiroz era auxiliar-técnico de Alex Ferguson) e na campanha da Copa de 2010, quando ele treinou os Patrícios na campanha da África do Sul.

- Não vou falar meu plano de jogo para detê-lo na frente da imprensa portuguesa. Em 30 segundos já estaria publicado. Mas vejo todo o meu elenco muito entusiasmado. Muitos aqui, nem em sonho imaginariam que poderiam estar jogando contra Cristiano Ronaldo numa Copa e valendo a vaga.

A dissimulação seguiu:

- Conheço bem Cristiano Ronaldo. Mas, amigos amigos, futebol à parte. Será um dia especial e o mundo saberá como as duas equipes atuarão apenas na hora do jogo - disse Queiroz, brincando que o vencedor será em verde e vermelho, já que as duas seleções têm essas cores em suas bandeiras:

- Não sei se o estádio será mais verde ou encarnado, Acho que será verde e encarnado.

Uma coisa o treinador tem certeza: a maioria no estádio estará apoiando a sua seleção, que jogará sem pressão.

- O apoio do fã russo vem sendo incrível. Ele nos adotou. Parece até que jogamos em casa. A Rússia vem sendo muito gentil com o Irã. Como não temos nada a perder e se vencermos faremos história contra um Portugal que tem tudo a perder, vamos entrar sem esse peso. Mas precisando dar o nosso máximo para vencer o favorito.

Ao ser perguntado sobre ter tudo a perder, o treinador Fernando Santos apresentou um discurso diferente do colega:

- As duas seleções tem a ganhar, que é a vaga às oitavas. E tem a perder, pois seriam eliminadas. Não tem isso de somente Portugal tem a perder.

Santos, ao ser perguntado sobre esse duelo Queiroz/CR7 é mais jogo de imprensa, pois o foco tem de ser não em um duelo, mas na coletividade.

- Quando Queiroz fala que Cristiano Ronaldo faz a diferença, o que tem de especial? Isso é indiscutível em qualquer time que o atacante jogue. Temos de ter em mente que o jogo não é do Cristiano contra o Queiroz ou um duelo entre eu e o Queiroz. Trata-se de uma batalha entre duas equipes, batalha que se desenha duríssima, pois o Irã é a melhor equipe asiática e mostrou nas eliminatórias, com nove vitórias e um empate e levando gol apenas no último jogo. Há muito tempo ela é forte, Queiroz montou um belo plantel e Vamos provar que temos capacidade para vencer o jogo e ir às oitavas -disse Fernando Santos, que foi jogador de Carlos Queiroz, quando este iniciava a carreira como treinador.

Como vai jogar Portugal

Contra Marrocos, Fernando Santos manteve Gonçalo Guedes como o atacante de área e o jogador do Valencia, como ocorreu contra a Espanha, não foi bem. Talvez diante do Irã ele opte em (enfim) escalar o milanista André Silva. No mais, não deve ocorrer surpresa, com o time atuando no tradicional 4-4-2, com William Carvalho e Moutinho formando a dupla de volantes e João Mário e Bernardo Silva (que estão deixando muito a desejar) como os meias de criação.

Qual a chave para Portugal vencer

A marcação em Cristiano Ronaldo será acirrada, provavelmente com dois meias atuando bem mais recuados para auxiliar no combate. Com isso, cresce a importância do apoio dos laterais. Raphael Guerreiro, outro que está devendo, poderá, enfim, fazer a diferença. Mas é pelo lado direito do ataque que os portugueses podem se criar. O lateral-esquerdo Safi está vetado e Mohammad, seu substituto, não vai passar do meio de campo. Com isso, Cedric (ou Ricardo Pereira) crescem como opção ofensiva.

Qual a arma secreta portuguesa?

João Moutinho. Ele vem sendo usado como volante porque Portugal perdeu Danilo, lesionado. Porém, como o Irá deve jogar bem recuado, Moutinho pode ser tornar um terceiro meia e ser o elemento surpresa chegando na área.

Como vai jogar o Irã

No papel, a escalação é 4-1-4-1, com Ezatolahi de volante e quatro meias. No papel, a coisa deve mudar. Ezatolahi deve atuar quase como um terceiro zagueiro e pelo menos dois outros apoiadores jogariam bem recuados, um ferrolho. Queiroz é conhecido pelo seu comportamento defensivo e nada indica que, contra o forte time português, deixará de lado as suas características. A tal filosofia dos 3 Erres (Respeito, Romantismo e Realismo) pode virar Retranca, Retranca e Retranca.

Qual a chave para o Irã vencer

Levando em consideração que o time iraniano virá cauteloso, mesmo precisando vencer, a chave para o sucesso está com o atacante Azmoun. Nos dois primeiros jogos, ele esteve muito mal. A ponto de alguns imaginarem que uma barração não seria de todo ruim. Mas ele é o craque do time, faz muitos gols pela seleção e pode desencantar.

Qual a arma secreta iraniana?

Shojaei. Ele chegou na Rússia como titular e perdeu a posição para Taremi, que é um pouco mais ofensivo. Caso entre, passa a se tornar o municiador de Azmoun.

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