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Mundo Deportivo: 'Os grandes clubes voltam à dura realidade'

Colunista do diário Catalão, Josep Artells diz que a crise econômica por causa da pandemia afeta duramente os mais ricos: Barça perderá 20% da receita; e nada de grandes negócios

9 set 2020 - 21h47
(atualizado às 21h47)
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A aristocracia do futebol europeu acertou o diagnóstico mais pessimista causado pela pandemia em um cenário que ainda não tem saída. A situação financeira de clubes como Juventus, Barcelona, Real Madrid, PSG, Bayern e o os gigantes da Premier League afirmam abertamente que, assim como a economia global, eles foram altamente punidos. A indústria do futebol terá de se reinventar para resistir à queda na realidade anterior, disse Andrea Agnelli, presidente da European Club Association (ECA). O presidente "bianconero" estimou que os clubes deixarão de ganhar 4 bilhões de dólares nos próximos dois anos, uma perda de receita que afetará os orçamentos e o mercado de transferências.

Sem clube com caixa em pagar uma fortuna para tê-lo, Neymar segue no PSG (Foto: DAVID RAMOS / POOL / AFP)
Sem clube com caixa em pagar uma fortuna para tê-lo, Neymar segue no PSG (Foto: DAVID RAMOS / POOL / AFP)
Foto: Lance!

Agnelli anunciou outro golpe econômico para os líderes: menor receita vinda da TV devido à diminuição nos jogos para reorganizar as oitavas de final da Liga dos Campeões e da Liga Europa. A redução obriga a UEFA a devolver 575 milhões, parte do que recebe das cadeias de TV que detêm os direitos e que distribui aos clubes. A volta do público nos estádios ainda não tem data, apesar dos anúncios de uma vacina contra a Covid-19 no início de 2021. Enquanto isso, a bilheteria, parte dos patrocínios e um mercado de transferências que caiu entre 20-30% foram perdidos. O Barça deixou de 150-200 milhões de euros na última temporada e o próximo orçamento cairá de 1 bilhão para 800 milhões.

Os casos de Neymar e Messi são exemplos. O brasileiro, que por várias vezes tentou deixar o PSG, anunciou publicamente na revista do clube, após a final da Liga dos Campeões, que ficaria. Nenhum clube se candidatou e Ney assumiu a realidade da Covid-19: resolveu a questão com um aperto de mão com o xeque Al-Khelaïfi. Messi descobriu que, mesmo sendo o melhor jogador da história, o City considerou apenas assinar um contrato desde que fosse a custo zero. O seu histórico, os seus 33 anos e a determinação do Barça em não colocar um preço na sua estrela, afastaram a pretensão do supercraque.

NR: Josep Artells é diretor adjunto do 'Mundo Deportivo', parceiro do L! no Pool de jornais esportivos internacionais.

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