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Mesmo criticado, Covas foi à final da Libertadores: 'Se esse é o preço a pagar por horas inesquecíveis com meu filho, pago'

Santista apaixonado, Covas foi ao Maracanã em meio a pandemia para ter um momento especial com o filho

16 mai 2021 - 10h30
(atualizado às 10h33)
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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, morreu na manhã deste domingo aos 40 anos vítima de um câncer. O quadro do político já havia sido considerado como 'irreversível' pela equipe médica na sexta-feira. Bruno deixa para o filho Tomás, de 15 anos, uma paixão incondicional pelo Santos.

- O Prefeito de São Paulo Bruno Covas faleceu hoje às 08:20 em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica, com metástase ao diagnóstico, e suas complicações após longo período de tratamento - disse o comunicado médico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Filho sempre visitava Covas no hospital com a camisa do Santos (Reprodução / Twitter)
Filho sempre visitava Covas no hospital com a camisa do Santos (Reprodução / Twitter)
Foto: Lance!

Na última final da Libertadores, entre Santos e Palmeiras, os dois foram ao Maracanã, e o prefeito foi muito criticado nas redes sociais por comparecer a um evento fechado ao público em meio a pandemia e fazendo um tratamento oncológico. Outra parte das críticas vinha do fato de São Paulo estar com muitas medidas restritivas na ocasião, e o prefeito não estaria 'dando o exemplo'.

Por meio das redes sociais, ele se defendeu e disse que teve que pagar um preço alto diante da 'lacração da internet' para ter um momento com o filho diante das 'incertezas da vida'. Veja a íntegra do que escreveu o prefeito, pelas redes sociais, na ocasião.

- Depois de 24 sessões de radioterapia meus médicos me recomendaram 10 dias de licença para recuperar as energias. Isso foi ate´ a ultima quinta (28/01). Resolvi tirar mais 3 dias de licença não remunerada para aproveitar uns dias com meu filho. Fomos ver a final da libertadores da América no Maracanã, um sonho nosso. Respeitamos todas as normas de segurança determinadas pelas autoridades sanitárias do RJ. Mas a lacração da Internet resolveu pegar pesado. Depois de tantas incertezas sobre a vida, a felicidade de levar o filho ao estádio tomou uma proporção diferente para mim. Ir ao jogo é direito meu. E usufruir de um pequeno prazer da vida. Mas a hipocrisia generalizada que virou nossa sociedade resolveu me julgar como se eu tivesse feito algo ilegal. Todos dentro do estádio poderiam estar lá´. Menos eu. Quando decidi ir ao jogo tinha ciência que sofreria criticas. Mas se esse é o preço a pagar para passar algumas horas inesquecíveis com meu filho, pago com a consciência tranquila.

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