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Santos reativa time de beisebol com garotos em ação social

Santos Tsunami Baseball foi reativado com professor contratado em parceria com a ADRA, que auxilia crianças em situações precárias e atende cerca de 50 jovens em Cubatão

25 abr 2018 - 07h33
(atualizado às 09h11)
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O Santos sempre busca formar uma nova geração de Meninos da Vila desde o surgimento de Juary, na década de 70. As gerações de Robinho e Diego, Neymar e Gabigol comprovam a aptidão do clube. A novidade na Baixada é que esse trabalho do futebol começa a ser expandido para outros esportes. É o caso do beisebol, com garotos inicialmente oriundos da cidade de Cubatão-SP.

A gestão José Carlos Peres quer expandir a formação de jovens em esportes diversos. Assim surgiu uma parceria do clube com a ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais), por intermédio do técnico e professor Fabiano Francisco Coltro, de 33 anos. Ele entrou em contato com Rodrigo Galvão, responsável por gerir área de esportes do time do litoral, e saiu uma parceria. Houve uma fusão entre o Santos e esse núcleo infantil da Agência Adventista, reativando o Santos Tsunami Baseball, que estava parado desde dezembro de 2017.

A ADRA, que existe desde 1984, auxilia crianças em situações precárias, e atende cerca de 50 jovens entre 6 e 17 anos. O beisebol foi apresentado aos garotos há três anos. No projeto, eles também aprendem artesanato, música, além de receberem reforço escolar.

O Santos Tsunami Baseball foi reativado com o professor contratado com a parceria: Coltro treinará a equipe profissional e vai levar garotos do programa da ADRA entre 14 e 17 anos para se ambientarem ao Santos. Estes já estão num processo adiantado na comparação aos meninos mais novos, que seguem somente no projeto social, sem ligação com o clube da Baixada.

- A MLB (Major League Baseball) está em busca de novos talentos pelo mundo, assim ela dá apoio por meio da Little League para projetos sociais em todo o mundo, para que o beisebol seja desenvolvido e assim eles consigam captar atletas de auto nível - afirmou Coltro.

A Little League é a maior liga de beisebol de Softbol nos Estados Unidos e Japão.

Há 10 nos trabalhando com programas sociais na Baixada Santista, Coltro se capacitou por meio de sites, federações, confederações, ligas e vídeos para passar as práticas do beisebol para os jovens do Santos Tsunami e da Agência Adventista. Apesar de ser incomum, o esporte foi bem recebido entre a molecada e os familiares.

- Os pais receberam com muita alegria e entusiasmo a nova modalidade. Com muita estratégia e paciência fui introduzindo a modalidade através de jogos lúdicos - afirmou o treinador.

Para manter os materiais em bom estado para os jovens, há parcerias com Cmoc - que pertence a Copebrás-, por meio de leis municipais de incentivo sociais regidas pelos conselhos municipais de assistência social e da criança e do adolescente como o SEMAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) e o CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente).

De acordo com Fabiano Coltro, já houve também experiências laboratoriais. Participaram de um treinamento de campo com a equipe do Tampa Bay Rays (equipe da Major League Baseball sediada em Tampa, na Flórida, nos Estados Unidos), em 2016, sob o comando do treinador brasileiro Adriano de Souza, para troca de informações. Ainda conheceram estruturas do CT da seleção brasileira da categoria.

O projeto do Santos Tsunami Baseball já está em conhecimento da CBBS (Confederação Brasileira de Beisebol e Sofbol), que é presidida por Jorge Otsuka. Não há nenhuma parceria da confederação com o time alvinegro.

Brasil no beisebol

- O país tem sido alvo de muito desejo potencial esportivo. O seu maior fluxo é no interior de São Paulo. A grande maioria nas colônias japonesas - disse o professor.

Há também ligas sendo formadas no Norte e Nordeste. A seleção brasileira está treinando e jogando em um Centro de Treinamento em Ibiúna-SP.

Hoje, a nação é representada por cinco brasileiros na liga americana da categoria: André Rienzo (Miami Marlins), Yan Gomes (Cleveland Indians), Paulo Orlando (Kansa City Royals), Luiz Gohara (Atlanta Braves) e Thyago Vieira (Chicago White Sox).

O esporte foi trazido em 1850, por norte-americanos que trabalhavam em empresas como Light, Companhia Telefónica, frigorífico Armour. Além de funcionários do consulado dos EUA. Os jogos eram organizadas pelo Mackenzie (colégio) em 1910 e atraiam mais público que os jogos de futebol à época. Muitas agremiações surgiram entre 1910 e 1920.

De 1990 para cá, a quantidade de novos clubes da modalidade dobrou no Brasil, chegando a 120 times em 2005, segundo a CBBS. Atualmente, estima-se que há mais de 200 clubes entre confederados e amadores. Em suma, cinco confederações administram o beisebol brasileiro.

História

O esporte começou nos Estados Unidos? Errou. Muitos caem nesse conto, mas o beisebol surgiu na Inglaterra e Irlanda em 1744. A primeira referência americana ao esporte foi em 1791, no estado de Massachutsetts. E os americanos pegaram gosto pela coisa, já que é a prática esportiva que mais atrai adeptos no país. O esporte foi inserido nas Olimpíadas de 1992, pela 1ª vez. Duas décadas depois, foi removido pelo COI (Comitê Olímpico Internacional). Voltará ao Japão, em 2020.

Regras

Os times são formados por 50 jogadores (contando reservas) usualmente utilizados, 25 para cada lado. O campo de beisebol é adaptável, pois é um formato de quadrado. Sua formatação faz lembrar uma pedra de diamante. As dimensões são de 108,2m por 92m. A bola tem uma circunferência tem que estar entre 10 e 40 centímetros.

Posições

Arremessador/Pitcher: É o principal jogador de uma equipe de beisebol. Sua função é arremessar a bola, com a intenção de que ela não seja rebatida pelo jogador adversário;

Receptor/Catcher: Sua função é pegar as bolas que são arremessadas pelos lançadores, caso ela não seja rebatida;

Primeira-base/First baseman: Defender a da 1ª base a ser percorrida e de cobertura das jogadas nesse espaço.

Segunda-base/Second baseman: Ocupar a 2ª base e executar com o 1ª base, uma jogada chamada double play.

Terceira-base/Third baseman: Sua função é ocupar 3ª base e repetir as ações do 1º ou do 2º, se preciso;

Interbases/shortstop: Ocupa os espaços entre a segunda e a terceira base. Sua função é a de cobrir 2ª base em caso de double play;

Campista esquerdo/Left fielder: É o jogador responsável em defender o campo do lado esquerdo;

Campista central/Center fielder: É um jogador responsável pela defesa do meio campo;

Campista direito/Right fielder: É o jogador responsável em defender o campo do lado direito;

Rebatedor/Hitter: É responsável por rebater a bola lançada pelo arremessador.

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