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Meia Alex, campeão da Libertadores e Mundial, faz anúncio de aposentadoria

Atleta que teve passagem de muito sucesso por Internacional e Corinthians estava há dois anos sem atuar, mas ainda não tinha comunicado oficialmente o fim da carreira

22 mar 2019 - 14h53
(atualizado às 15h05)
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Em entrevista concedida para o programa Boleiragem, atração do canal fechado SporTV apresentada pelo ex-jogador e hoje comentarista Roger Flores, o meia Alex comunicou que, oficialmente, passou para o grupo de ex-atletas. Momento esse, aliás, onde ele não conseguiu conter a emoção.

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
Foto: Lance!

- Ah, estou aposentado. Está bom, né? Está bem construído, né? Não estou jogando... Dois anos sem jogar, hoje não vem ninguém (atrás). Até brinquei, às vezes você recebe umas mensagens no Instagram de alguns torcedores, o que é legal - disse o agora efetivamente ex-jogador.

Questionado sobre a possibilidade de se tornar treinador e continuar no entorno do mundo do futebol, ele disse que não tem pressa para que isso ocorra:

- Dá vontade, mas o preço de ser treinador é muito alto. É um caminho que não tenho pressa. Vou esperar chegar aqueles cabelinhos brancos para o pessoal respeitar um pouco mais. Você precisa se conhecer um pouco mais também. E aí começar de auxiliar, pegar uma bagagem, para chegar na profissão, se vier a acontecer, com capacidade para executar. Mas precisa ser de cinco a dez anos treinador para não morrer do coração. A exigência é muito grande.

Alex revelou também que chegou a se deparar com um quadro de depressão quando percebeu não só a aproximação do término da carreira, mas também pelo tratamento dado a ele pela diretoria do Inter no segundo semestre de 2015.

- Hoje eu tenho consciência de tudo e posso dizer que estou seguro para isso (aposentadoria). Mas a vida tinha perdido totalmente o sentido para mim, e não era só no futebol. Eu sempre fui um cara que gostava de brincar e comecei a ficar triste no vestiário. A hora em que você vê que morre essa vida (de jogador) é chocante, porque eu não estava preparado (para aposentar). Eu poderia ter ido para outros clubes, mas não quis. Foram dois anos de aprendizado. Uma pessoa que não passa por isso (depressão) não consegue entender. Eu não tentei me matar, mas hoje eu entendo o porquê de algumas pessoas pensarem assim, e isso é algo que não desejo pra ninguém - detalhou.

Aos 36 anos de idade, o jogador revelado nas categorias de base do Guarani e com atuação também no Spartak Moscou-RUS e Al-Gharafa-CAT construiu uma trajetória repleta de títulos importantes principalmente em suas passagens por Internacional e Corinthians.

Somando as duas equipes, ele tem no currículo seis edições do Gauchão, duas edições da Libertadores (2006 e 2012), o Mundial Interclubes (2006) a Recopa Sul-Americana (2007), a Copa Dubai (2008), a Copa Sul-Americana (2008), o Brasileirão (2011) e a Recopa Gaúcha (2016).

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