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Medina atrás de recorde, 13 brazucas na briga e corrida para 2020: Circuito Mundial de surfe inicia na Austrália

Atual vencedor mira o tricampeonato. Brasileiros Peterson Crisanto e David Silva fazem suas estreias. Com novo formato, surfistas duelam por classificação aos Jogos de Tóquio

2 abr 2019 - 16h11
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Gabriel Medina na briga por mais um recorde, brasileiros em peso e disputa por vaga na Olimpíada de Tóquio-2020. Essas são algumas atrações do Circuito Mundial de surfe (WCT) de 2019, que começa nesta terça-feira, às 18h (de Brasília), em Gold Coast, na Austrália. A etapa tem janela até o dia 12 de abril.

O atual campeão irá lutar pelo tricampeonato, após vencer em 2014 e 2018, um feito nunca conquistado por um brasileiro. Além disso, a disputa contará com a participação de 13 atletas do país, sendo 11 no masculino e duas no feminino. Do primeiro grupo, Peterson Crisanto e David Silva farão suas estreias.

O formato do Mundial também ganha destaque após ser modificado pela Liga Mundial de Surfe (WSL). A primeira rodada vai classificar os dois primeiros à terceira fase, enquanto o terceiro colocado na bateria vai para repescagem. Nela, os dois primeiros avançam, mas o terceiro colocado será eliminado.

Anteriormente, era feita em baterias homem a homem. A terceira fase, agora, terá 16 confrontos (antes eram 12) e a quarta fase, oito (antes eram quatro, com três atletas), e todos serão mano a mano e eliminatórios. Para fechar, a premiação do feminino também será igual a do masculino.

A corrida olímpica motiva os surfistas a entrar no mar e aumenta a intensidade na competição, que vale vaga para a Olimpíada de Tóquio-2020, quando entrarão em ação 20 homens e 20 mulheres. Os atletas terão de ficar dentro do Top-10 do ranking de 2019. Contudo, há uma exigência: apenas duas vagas para os homens e duas para mulheres estão asseguradas para representar seus respectivos países. Ou seja, se houver mais de dois representantes por nação, os melhores posicionados no ranking estarão classificados para a Olimpíada.

Medina pode entrar para o livro dos recordes mais uma vez. Na etapa de Pipeline, no Havaí, em 2018, o surfista foi o primeiro brasileiro a conquistar o bicampeonato mundial. Agora, ele tem a oportunidade de ultrapassar a marca alcançada pelo havaiano John John Florence (2016 e 2017) e se igualar ao australiano Mick Fanning (2007. 2009 e 2013), já aposentado. Porém, ainda não passará a lenda americana Kelly Slater, que detém 11 conquistas mundiais.

- O surfe brasileiro está vivendo um momento incrível. Cada ano que passa melhora. Fico feliz de fazer parte dessa geração, daqui para frente vão entrar mais brasileiros no Circuito Mundial e o país vem forte. Acho que vai piorar para os gringos - disse Medina, em entrevista coletiva, em março.

John John retorna de lesão após ficar dez meses fora (Foto: WSL)

Com relação aos personagens da primeira etapa, serão 34 homens e 17 mulheres nas águas da Austrália. Os brasileiros ganham destaque por conta alto número: 13 na briga pelo título. Além das estreias de Peterson Crisanto e David Silva, Mateus Herdy, atual campeão da categoria Junior, foi convidado para participar da competição.

A primeira etapa do Mundial, tradicionalmente em Gold Coast, sempre reserva emoções. Em 2018, com direito a dobradinha australiana, Julian Wilson (17,43) venceu a disputa ao lado de Adrian Buchan (15,10). O brasileiro Thomas Hermes, que passou por Filipe Toledo, parou na semifinal pelo vice-campeão, porém mesmo assim foi o melhor colocado.

O brasileiro Adriano de Souza, o Mineirinho, ainda não vai participar da primeira fase. Ele está e fase final de recuperação da lesão que sofreu no joelho durante a etapa de Portugal, em outubro do ano passado. A expectativa é que ele retorne às competições na terceira etapa, em Bali, na Indonésia.

Além dele, o havaiano e bicampeão John John Florence está de volta, após ficar quase dez meses longe das competições por uma lesão no joelho.

Pelo feminino, há apenas duas que vestem amarelo, azul e verde: Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima. Esta também se recupera de uma cirurgia no joelho e não compete nas duas primeiras etapas do ano. Assim como Mineirinho, só volta em Bali.

Filipe Toledo se recupera de lesão e retorna a disputa (Foto: WSL / DAMIEN POULLENOT)

Confrontos da primeira etapa do Mundial de Surfe:

Gabriel Medina faturou o bicampeonato na temporada passada, em Pipeline, no Havaí (Foto: @WSL / Kelly Cestari)
Gabriel Medina faturou o bicampeonato na temporada passada, em Pipeline, no Havaí (Foto: @WSL / Kelly Cestari)
Foto: Lance!

Masculino

1 Owen Wright (AUS), Griffin Colapinto (EUA) e Soli Bailey (AUS)

2 Jordy Smith (AFR), Ezekiel Lau (HAV) e Jack Freestone (AUS)

3 Italo Ferreira (BRA), Yago Dora (BRA) e Kelly Slater (EUA)

4 Filipe Toledo (BRA), Joan Duru (FRA) e Caio Ibelli (BRA)

5 Julian Wilson (AUS), Seth Moniz (HAV) e Reef Heazlewood (AUS)

6 Gabriel Medina (BRA), Ryan Callinan (AUS) e Mateus Herdy (BRA)

7 Conner Coffin (EUA), Adrian Buchan (AUS) e Jadson André (BRA)

8 Michel Bourez (PLF), Jeremy Flores (FRA) e Leonardo Fioravanti (ITA)

9 Wade Carmichael (AUS), Michael Rodrigues (BRA) e Ricardo Christie (NZL)

10 Kanoa Igarashi (JAP), Sebastian Zietz (HAV) e Deivid Silva (BRA)

11 Kolohe Andino (EUA), Willian Cardoso (BRA) e Jessé Mendes (BRA)

12 Mikey Wright (AUS), John John Florence (HAV) e Peterson Crisanto (BRA)

Feminino

1 Carissa Moore (HAV), Nikki Van Dijk (AUS) e Keely Andrew (AUS)

2 Lakey Peterson (EUA), Coco Ho (HAV) e Sage Erickson (EUA)

3 Stephanie Gilmore (AUS), Paige Hareb (NZL) e convidada

4 Tatiana Weston-Webb (BRA), Malia Manuel (HAV) e Brisa Hennessy (CTR)

5 Johanne Defay (FRA), Courtney Conlogue (EUA) e Macy Callaghan (AUS)

6 Sally Fitzgibbons (AUS), Caroline Marks (EUA) e Bronte Macaulay (AUS)

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