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Maratona: Brasileiros otimistas para o Pan de Lima

Valdilene Silva, Andreia Hessel e Wellington da Silva são os representantes do Brasil na maratona dos Jogos Pan-Americanos de Lima, neste sábado

26 jul 2019 - 19h32
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Valdilene dos Santos Silva, Andreia Aparecida Hessel e Wellington Bezerra da Silva são os três representantes do Brasil na maratona dos Jogos Pan-Americanos de Lima. Os três brasileiros estão otimistas com a chance de obterem bons resultados e acreditam na força do bom histórico do país na prova, que acontece neste sábado (27/7), na capital peruana.

A maratona, segundo a organização dos Jogos do Pan, reunirá 36 atletas nas duas categorias. Serão duas largadas no Parque Kennedy, em Miraflores, mesmo local da chegada. A prova masculina começa às 10h30m (horário de Brasília) e feminina, às 11h30m. Os maratonistas darão quatro voltas no percurso de 10km, que passará por San Isidro, Lince e Lima. A previsão é de 15 a 18 graus de temperatura no horário das provas.

A brasileira Adriana Aparecida da Silva venceu as duas últimas edições da maratona dos Jogos Pan-Americanos, vencendo em Guadalajara-2011, no México, e Toronto-2015, no Canadá. Além de bicampeã, ela é recordista a distância em Pan, com 2h35m40s, obtido há quatro anos.

Para esta edição dos Jogos, Valdilene, de 27 anos, conseguiu sua vaga após marcar 2h32m01s, em Frankfurt, na Alemanha, em outubro do ano passado. Já Andreia, de 34, se classificou após fazer a Maratona de Nagoya, no Japão, em 2h34m55s, em março de 2018. Elas foram as melhores entre oito concorrentes.

As duas fundistas fizeram a preparação final no Camping Internacional de Treinamento de Fundo, realizado de 19 de junho a 22 de julho na altitude de 2.500m de Paipa, na Colômbia.

- O camping foi uma ótima preparação para o Pan - afirma Valdilene, maratonista há três anos. - Realizei ótimos treinos e sinto que estou pronta para disputar meu primeiro Pan. O objetivo é conquistar uma medalha, lutar pelo tri brasileiro.

Andreia, também estreante nos Jogos, concorda.

- O objetivo é buscar uma medalha, dando assim continuidade às conquistas de atletas do passado, como a bicampeã Adriana Silva, minha grande inspiração e amiga.

A maratonista paulistana acrescenta:

- Existe uma ansiedade por estar em uma prova tão importante e tradicional para o Brasil. Como vai ser o meu primeiro Pan, procuro me concentrar sempre nos treinos para que essa ansiedade não aumente e se torne um obstáculo.

Andreia conta que treinar em altitude foi desafiador porque não existe zona de conforto, tanto pela dificuldade da altitude quanto pelos dias longe da família.

- Será minha segunda maratona em 2019 - diz Andreia. - A primeira foi em Nagoya, onde ratifiquei o índice pan-americano, com 2h34m55s. Foram 34 dias de camping e uma média semanal de 170/180 km.

Claudio Roberto de Castilho, treinador da seleção brasileira e das duas atletas, também está otimista:

- Elas estão muito bem e ansiosas por participar do Pan-Americano. Embora tenhamos adversárias com tempos melhores, nossa meta é manter a hegemonia e trazer duas das três medalhas do feminino.

Já o pernambucano Wellington Bezerra, de 31 anos, fez sua preparação na pista municipal e por ruas de Santana do Parnaíba, onde mora na Grande São Paulo. Nascido em Tupanatinga, passou a representar a equipe de Petrolina, desde a extinção do time do Cruzeiro (MG).

Orientado pelo técnico Clovis Donizete Estevam, Wellington, conhecido como Cipó no meio atlético, obteve qualificação para o Pan ao correr a Maratona de Hamburgo, na Alemanha, em 2h13m34s, em abril deste ano.

- Estou muito feliz por poder representar o Brasil no Pan-Americano. Comecei a correr em 2007, inspirado justamente na medalha de ouro ganha por Franck Caldeira na maratona do Pan do Rio. Meu sonho é representar bem o Brasil, subir ao pódio e fazer o que posso de melhor.

Wellington está ansioso pela sua estreia nos Jogos Pan-Americanos.

- Será minha segunda maratona do ano e o meu primeiro Pan. Não acho difícil correr em cima do recorde dos Jogos Pan-Americanos, que é de 2h12m43s, do portorriquenho Jorge González, no Pan de Caracas, na Venezuela, em 1983 - afirma o maratonista pernambucano. - Sei das dificuldades e tudo vai depender do clima. Mas cada prova é uma prova e estou com boas expectativas. Todos vão correr pensando já no índice olímpico, de 2h11m30s. Amanhã posso ganhar a primeira medalha dos Jogos de Lima e também a primeira para o esporte brasileiro.

Bicampeão do Circuito Caixa/CBAt de Corredores de Rua, nas temporadas de 2015 e 2016, Wellington viajou de Pernambuco para São Paulo em 2008 para disputar a tradicional Corrida de São Silvestre e acabou ficando na capital paulista, investindo cada vez mais nas corridas.

Wellington e Valdilene representaram o Brasil no Campeonato Mundial de Meia Maratona, em Cardiff, no País de Gales, no Reino Unido, em 2016. Em fevereiro de 2014, o pernambucano ganhou a medalha de ouro no Sul-Americano de Cross Country, ao vencer os 12km, com 37m12s, em Assunção, no Paraguai.

Único maratonista brasileiro já classificado para as Olimpíadas de Tóquio, Daniel Chaves preferiu se dedicar ao Mundial de Doha, entre 27 de setembro e 6 de outubro. Daniel conseguiu o índice olímpico na Maratona de Londres deste ano, com 2h11m10s.

Na história do Pan, iniciada em 1951, em Buenos Aires, o Brasil soma 14 medalhas em Jogos na maratona (8 de ouro, 2 de prata e 4 de bronze).

As 8 medalhas de ouro do Brasil em maratonas Pan-Americanas:

Ivo Machado Rodrigues - Indianápolis-1987 - 2h20m13s;

Vanderlei Cordeiro de Lima - Winnipeg-1999 - 2h17m20s;

Vanderlei Cordeiro de Lima - Santo Domingo-2003 - 2h19m08s;

Marcia Narloch - Santo Domingo-2003 - 2h39m54s;

Franck Caldeira - Rio-2007 - 2h14m03s;

Adriana Aparecida - Guadalajara- 2011 - 2h36m37s;

Solonei Rocha - Guadalajara- 2011 - 2h16m37s;

Adriana Aparecida - Toronto-2015 - 2h35m40s.

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