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Luxa descarta obsessão, mas explica por que projeta título nesta Liberta

Treinador do Palmeiras conta ao LANCE! os fatores que o fazem acreditar que pode ganhar neste ano o título que lhe falta, mesmo dizendo que a conquista não mudaria sua carreira

15 jun 2020 - 08h00
(atualizado às 08h03)
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Técnico de mais títulos na história do Palmeiras (sete, como Oswaldo Brandão), pentacampeão brasileiro e com passagens por Seleção Brasileira e Real Madrid, Vanderlei Luxemburgo assegura não ter obsessão pela Libertadores, torneio que lhe falta. Mas, em conversa com o LANCE!, indicou por que acha que pode ganhar a competição em 2020: é a quinta participação consecutiva do clube.

Treinador confia na sequência do Palmeiras disputando Libertadores consecutivas (Agência Palmeiras/Divulgação)
Treinador confia na sequência do Palmeiras disputando Libertadores consecutivas (Agência Palmeiras/Divulgação)
Foto: Lance!

- O Palmeiras tem jogadores que têm jogado a Libertadores. Weverton, Felipe Melo, Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Bruno Henrique, Dudu, Willian, Luiz Adriano... São jogadores que são cascudos. Aí dá para ver que o time está se ajeitando bem para ganhar a Libertadores - disse o treinador, citando nomes que compõem a base que vinha sendo titular até a pausa pela pandemia, e apontando o título de 2012 do Corinthians para comprovar sua tese.

- Ganhar é muito importante. Mas, se não ganhar, tem que estar no ano seguinte. Repetindo cinco vezes a Libertadores, você mata uma. O Corinthians teve o título dele jogando quatro vezes (2010, 2011, 2012 e 2013). Mesmo sendo desclassificado na pré-Libertadores (pelo colombiano Tolima, em 2011), repetiu vezes seguidas. E isso te adapta à competição, que é atípica, diferente do Campeonato Brasileiro - argumentou o técnico.

Questionado diretamente sobre a importância da Libertadores, Luxemburgo a define como "objetivo do clube" e que trabalha pensando em ganhá-la. Pessoalmente, contudo, o treinador, que teve como melhor campanha chegar às semifinais uma vez, com o Santos, em 2007, assegura que a conquista continental não mudará a sua história no futebol.

- As pessoas me perguntam como se a Libertadores fosse a coisa mais importante para um profissional, mas não me desperta nada especial. Quero fazer o meu melhor sempre. Ganhar a Libertadores não vai mudar a minha carreira. Vai ser um título importante na minha carreira - apontou.

- As metas de um técnico de futebol são ganhar Brasileiro, Copa do Brasil, Estadual, Libertadores e, para alguns, até uma Copa do Mundo. Uns ganham, outros não. E isso não mede competência. É claro que quero ganhar uma Libertadores, mas não trago isso como "se eu não ganhar, crio uma frustração, isso ou aquilo". Colocam como se fosse uma obrigação para mim, mas não tem nada disso. Estou tranquilo com a minha carreira - reforçou, lembrando que, antes, o torneio não era o foco, mas hoje há prêmio para quem a disputa.

- Há uns anos, não se encarava a Libertadores assim no Brasil, o grande objetivo era ganhar o Brasileiro. Até porque a Libertadores não pagava nada. Foram valorizando a Libertadores e ela passou a ser um objetivo. Se você não é campeão brasileiro, nos contratos com TV e patrocinadores passou a existir a meta de chegar à Libertadores. Por isso, os clubes querem conquistar uma vaga. Assim, a Libertadores passou a ser importantíssima - detalhou.

Até a pausa por conta da pandemia do coronavírus, o Palmeiras acumulava 100% de aproveitamento no Grupo B da Libertadores, vencendo o Tigre por 2 a 0, na Argentina, e o Guaraní, do Paraguai, por 3 a 1, no Allianz Parque. Ainda não há qualquer previsão para o retorno da competição e a retomada dos treinos presenciais depende do aval de autoridades sanitárias em São Paulo.

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