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Presidente da Ferj quer volta com estádios 40% ocupados

Em debate nesta terça na Ferj sobre retorno de torcedores ao estádio, mandatário assegura plenas condições.

22 set 2020 - 17h06
(atualizado às 17h34)
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O planejamento para que o Maracanã possa receber 30% de público dos estádios foi tema de um debate na tarde desta terça-feira, que iniciou horas depois do Ministério da Saúde aprovar o estudo com a proposta de retorno de espectadores aos campos. O presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, frisou que há uma projeção de que o estádio abra as portas com sua setorização bem dividida para evitar riscos de contágio por Covid-19.

"A capacidade será de 30% de cada setor do estádio. Isso já está definido. Não adianta colocar as 20 mil pessoas em um lugar aglomerado. A setorização facilita bastante", disse o mandatário.

Também na transmissão da Ferj, o mandatário Rubens Lopes chegou a falar em ampliar o número de pessoas no Maraca

"Em Rondônia, o governo já liberou 40% da capacidade dos estádios. Acho que em breve vou pedir aumento", disse.

Funcionário desinfecta campo do Maracanã durante jogo do Campeonato Carioca
08/07/2020
REUTERS/Ricardo Moraes
Funcionário desinfecta campo do Maracanã durante jogo do Campeonato Carioca 08/07/2020 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

O dirigente ainda avaliou o cenário no qual o futebol está inserido.

"O binômio saúde e economia é indissociável. Está claro que precisamos cuidar destas duas variáveis. Há um problema de saúde pública e de economia. Mas, como disse o (Coronel) Antônio Helcio Filho (secretário-executivo do Ministério da Saúde): "Temos que nos adaptar à nova realidade e absorver hábitos, mas não podemos parar de viver. E com toda segurança possível temos que iniciar essa retomada das atividades que são necessárias até para nossa saúde mental" , e ressaltou:

"A Federação de Futebol do Rio foi pioneira no estudo e no resultado do retorno do futebol no Brasil e no continente. Não tivemos efeito colateral que fizesse com que nos preocupássemos em modificar este protocolo rígido, amplamente debatido entre os clubes", complementou.

Secretário Nacional do Esporte, Ronaldo Lima falou sobre a sugestão de reabertura, destacando.

"A abertura foi sugerida de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde. Em tudo isso, eles estão pensando. O melhor é zelar pela saúde clínica e mental, pois a volta do público é uma coisa desejada por todos. Saúde e economia não podem se dissociar. O torcedor tem realmente se conscientizar: "eu tenho que tomar conta de mim". Não tem de esperar para entrar todo mundo 30 minutos antes. Sabemos que o futebol é um desestresse, ajuda o torcedor a extravasar", declarou.

Secretário da Ordem Pública do Rio de Janeiro, Gutemberg de Paula Fonseca fez um apelo para que a população carioca ajude a situação a ser resolvida rapidamente.

"Desde o início, estamos discutindo como voltar e não quando voltar, pois isto compete à CBF e aos clubes. A gente vem tentando o tempo todo ajudar na conscientização das pessoas. De levarmos a mensagem da consciência de utilização de mascara, de não haver aglomeração"., e garantiu:

"Todos neste momento estão trocando sinergias para que o retorno seja feito com total segurança. A Federação tem sido importante para esta experiência dentro e fora de campo, e estamos também em busca de resolver os problemas do entorno do estádio, como os ambulantes", completou.

Presidente da Acerj, Eraldo Leite mencionou o desafio de fazer com que todos sigam os lugares marcados no "novo" formato do Maracanã.

"Entrando de fato na questão dos 30% nos estádios, é preciso que a gente entenda melhor, eu já vi Severiano falar que "você vai ter seu lugar marcado"... Se a gente conseguir, é um fato difícil para o público brasileiro, se a gente conseguir observar o lugar marcado com apenas 30%, com 20 mil pessoas no Maracanã onde cabem 70 mil. Se 20 mil de fato respeitarem o distanciamento, se de fato respeitarem o uso de máscara, se de fato respeitarem essas principais normas, acho que a gente não vai correr grandes riscos", e mostra-se otimista:

"Risco zero não existe. Os médicos estão aí para dizer, para informar o tempo inteiro. Você reduz ao mínimo de contágio. A gente precisa entender bem esse protocolo, como ele vai funcionar, como vai ser a aferição de temperatura na entrada... Hoje está funcionando com a imprensa e com os times que jogam, mas recentemente o número de casos aumentou", complementou.

Responsável pelo Complexo Maracanã, Severiano Braga prometeu que o estádio trará todas as condições.

"Quanto mais crítica tiver a situação, mais temos que agir com critério. Para que o Maracanã tenha conforto com 30%, o Maracanã vai fazer. Somos parceiros de todos. Temos certeza de que os órgãos envolvidos darão o melhor - disse, além de ressaltar que haverá cuidados quanto à rotina dos jogos."

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