LANCE! Espresso: A ideia de Fernando Diniz acima do emprego
Técnico do Fluminense é diferente de quase todos os seus pares no futebol brasileiro
Fernando Diniz tem uma visão particular sobre futebol. Para o técnico, perde-se muito tempo debatendo o resultado, que é a única parte do esporte sobre a qual não há controle. Esta ideia mostra em parte o que muita gente chama de "filosofia". É preciso trabalhar todos os aspectos do jogo para buscar a vitória. Mas um resultado negativo não necessariamente define o que foi um trabalho. Fiel à sua ideia de jogo, Diniz tem amealhado diversos críticos e até alguns inimigos, tão ferozes são as queixas ao atual comandante do Fluminense. O treinador teve um grande momento na carreira, o vice-campeonato paulista pelo Audax, em 2016. Seguiu desde então com o mesmo estilo de jogo por onde passou: posse de bola, toque preciso desde o goleiro, trabalhar bem cada movimento até chegar ao gol adversário. É assim desde que começou, tem sido assim no Flu. Diniz é diferente de quase todos os seus pares no futebol brasileiro. Não trabalha para manter o emprego, trabalha para fazer suas equipes jogarem futebol. O Athletico, de onde foi demitido ano passado, tem até hoje um pouco do treinador. O técnico tem feito o Tricolor jogar mais bola do que seu elenco, teoricamente, permite. Isso é um bom trabalho. Não será campeão, mas quem estaria fazendo algo melhor nas Laranjeiras? A semente que Diniz está plantando no clube pode ser duradoura, mas precisa de tempo para brotar. E precisa, sobretudo, que a diretoria não dê ouvidos a raivosos adoradores do resultado de curto prazo e a qualquer preço.
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