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Futebol Internacional

"Lamentamos e condenamos o racismo", diz técnico do Valencia

Javi Gracia disse em entrevista coletiva que equipe só voltou a campo por influência do defensor e que se ele não se sentisse à vontade enfrentariam os riscos de punição

4 abr 2021 - 18h52
(atualizado às 19h04)
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Javi Gracia condenou caso de racismo sofrido por seu jogador (Foto: Divulgação / Site oficial do Valencia)
Javi Gracia condenou caso de racismo sofrido por seu jogador (Foto: Divulgação / Site oficial do Valencia)
Foto: Lance!

O técnico Javi Gracia, do Valencia, comentou sobre a acusação de racismo do zagueiro Diakhaby após a derrota para o Cadiz, neste domingo, pelo Campeonato Espanhol. Segundo o comandante valenciano, o defensor estava muito chateado, mas encorajou a equipe a voltar ao campo.

- O incidente aconteceu no primeiro tempo. Diakhaby ficou muito chateado e ficamos sabendo que ele havia sido seriamente insultado. Ele estava muito nervoso. Quando ele nos contou o insulto, dissemos ao árbitro que não concordávamos com isso e que estávamos desistindo do jogo. No vestiário nos disseram que seríamos punidos se não voltássemos a campo e conversamos com Diakhaby como ele estava - disse Javi Gracia, que completou:

- Ele nos disse que não estava em condição de jogar, mas que entendeu que deveríamos continuar jogando ante a possível punição e voltamos com a intenção de conquistar a vitória, com mais um motivo para lutar pela vitória. O árbitro não teve nenhum registro do que aconteceu, ele não ouviu nada. Diante dessa situação, ele se viu obrigado a dar continuidade ao jogo. Lamentamos muito esta situação e aproveitamos para condenar o racismo.

Diakhaby ficou furioso após desentendimento com Juan Cala, do Cadiz (Foto: Divulgação / Site oficial do Valencia)
Diakhaby ficou furioso após desentendimento com Juan Cala, do Cadiz (Foto: Divulgação / Site oficial do Valencia)
Foto: Lance!

O treinador do Valencia disse que as palavras de Diakhaby para a equipe voltar a jogar foram determinantes. Caso o defensor não quisesse que seus companheiros continuassem, o clube enfrentaria os possíveis riscos de punição por ele. Uma homenagem também estava pronta se os 'Che' vencessem.

- O que mais me preocupou foi o estado do meu jogador. Se ele tivesse dito que não achava que deveríamos jogar, não teríamos jogado mesmo correndo o risco de punição. Quando ele disse para voltar, fui forçado a tomar a decisão de continuar jogando. Voltamos com a camisa do Diakhaby no banco e com a intenção de dedicar a vitória a ele - disse Javi Gracia.

Lance!
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