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Henrique elogia projeto do Flu e cutuca o Cruzeiro: 'Saber do limite sem loucuras. O futebol exige isso'

Em apresentação, volante valoriza honestidade da diretoria tricolor, se coloca à disposição para estrear e destaca reencontro com Hudson, com quem jogou no clube mineiro

24 jan 2020 - 18h53
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Após vários dias apenas treinando, o volante Henrique foi apresentado como jogador do Fluminense e, enfim, vestiu a camisa tricolor de número 8. O atleta está emprestado pelo Cruzeiro até o fim do ano e nas primeiras palavras pelo novo clube, fez questão de valorizar a diretoria e o projeto apresentado, que lhe encantou desde o começo das negociações.

Henrique deve estrear pelo Tricolor neste domingo, contra o Bangu, em Moça Bonita (Lucas Merçon/Fluminense)
Henrique deve estrear pelo Tricolor neste domingo, contra o Bangu, em Moça Bonita (Lucas Merçon/Fluminense)
Foto: Lance!

- É um projeto de formar uma equipe competitiva, dentro do seu planejamento. O Mário foi muito sincero. Antes de vir, eu perguntei para outros atletas que trabalharam com ele e com o Angioni e falaram super bem deles que eram pessoas honestas, que honravam o que falavam e isso são valores que eu admiro e trago para a minha vida - elogiou Henrique que destacou também a forma do Fluminense jogar.

- Também levo em conta os jogadores que eles buscaram no mercado. Os que já estavam aqui mostraram que possuem muito potencial, uma dinâmica de jogo muito grande e bonita de se ver. Eu joguei contra e vivi isso na pele. É buscar coisas grandes, saber do seu limite, sem loucuras. O futebol exige isso. Isso encanta a gente e traz benefícios.

Regularizado, Henrique está apto a fazer a sua estreia com a camisa do Fluminense, neste domingo, contra o Bangu, em Moça Bonita. O volante se colocou à disposição do técnico Odair Hellmann.

- A pré-temporada hoje no Brasil ela fica mais apertada por conta do calendário. Se começa cedo os campeonatos. Claro que com uma semana a mais você se aperfeiçoa mais, mas tem a falta de ritmo de jogo também, que nós jogadores sentimos bastante. Mas aos poucos vamos nos adequando e colocando o corpo na melhor forma possível.

Estou trabalhando para quando a oportunidade aparecer estar pronto. Está tudo OK. Depende agora do meu trabalho, do meu desempenho, para poder estar dentro de campo contribuindo da melhor forma.

No Fluminense, Henrique reencontra Hudson, com quem jogou no Cruzeiro em 2017, conquistando o título da Copa do Brasil sobre o Flamengo. Juntos atuaram em 25 partidas, somando 11 vitórias, sete empates e sete derrotas. Os dois chegaram com status de titular. No entanto, o volante descartou essa condição como verdade absoluta.

- Isso depende do Odair, mas vocês falam porque já vivemos isso em outra ocasião e tivemos sucesso nessa parceria. Mas o Fluminense está bem servido nessa posição, jogadores que tem dado bons resultados. A parceira deu resultado no passado e esperamos que dê novamente, não somente em conquista, mas também nos jogos e juntos com os companheiros que também possuem muita qualidade.

BATE-BOLA COM HENRIQUE

A expectativa para a temporada é de ganhar títulos?

- Esse é objetivo de todos nós. O Odair vai montar uma equipe muito competitiva. Esperamos uma equipe brigando em cima nas competições, que vai brigar de igual para a igual com os adversários. Quando entramos nas competições, pensamos no objetivo maior. Temos capacidade, qualidade e potencial para buscar algo maior e isso vamos trabalhar, como já tem sido feito, para que esses objetivos sejam alcançados.

Como você analisou a vitória do Fluminense que teve como protagonista o meia Miguel, de 16 anos?

- Um menino de 16 anos vai desenvolver seu futebol brilhante porque os mais velhos, os mais experientes, dá essa confiança para ele fazer o melhor, arriscar, ser ousado. Então é a mescla que tem trazido benefício. Isso é o futebol alegre, que sempre foi o futebol brasileiro.

Os torcedores do Cruzeiro ficaram na bronca com a sua saída do clube. Isso te chateou de alguma forma?

- Torcedor é sempre passional. A paixão vai falar mais alto, independentemente das circunstâncias que se encontra. Foi um momento meu. Tenho um carinho muito grande pela torcida, pelo clube, tenho uma história que ninguém vai apagar. São mais de 10 títulos. Então é uma história rica e vitoriosa. Chegou um momento, recebi uma grande oportunidade também de estar no Fluminense, vi uma situação que me encantou os olhos. As críticas, desde que eu comecei a jogar futebol, estou acostumado com elas e hoje tenho uma maturidade maior de entendimento. Sei que não fiz nada de errado. Claro que temos o peso da Série B, mas a vida segue e tenho coisas para buscar pela frente.

Ficou alguma mágoa com a diretoria do Cruzeiro por conta da administração temerária com o clube?

- Não mágoa por falta de compromisso, mas não teve aquele pensamento a longo prazo. Foi mais a curto prazo, a coisa virou uma bola de neve e acabou estourando como vocês têm visto aí. O clube acabou pagando. Mas mágoa eu jamais terei. É muito difícil fazer futebol hoje, porque os custos são muito altos. Fica o aprendizado. Futebol não é brincadeira, é coisa séria em questões de gerenciamento, gestão e acabou da pior forma para o Cruzeiro. Torço para que retomem os caminhos, a grandeza. A vida tem que seguir e que sirva de experiência. Há novas pessoas que estão tentando colocar as coisas no caminho e ficamos na torcida para que retomem o caminho correto e certo como foi lá atrás.

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