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Grupos montam manobras políticas antes de impeachment contra Abad

Apoio dos Esportes Olímpicos virou ponto-chave para situação e oposição. Em caso de impeachment ou de renuncia, Estatuto do clube ainda gera dúvidas

19 dez 2018 - 06h03
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A votação do processo de impeachment contra Pedro Abad acontece nesta quinta-feira, às 20h, nas Laranjeiras. Entre acusações e ataques, o clube viu seu 2018 ser conturbado e marcado pela crise fora dos gramados - que, mesmo após o pleito, promete ainda não ter fim. O novo capítulo está com as manobras políticas e a busca por apoio - em especial, dos Esportes Olímpicos.

Próximo de impeachment de Abad será nesta quinta-feira (Foto: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC)
Próximo de impeachment de Abad será nesta quinta-feira (Foto: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC)
Foto: Lance!

É importante contextualizar: a Comissão para Assuntos Disciplinares do Fluminense deu como favorável o processo de oito dos dez tópicos contra Pedro Abad protocolado pela oposição. Com isso, o atual presidente está sendo julgado por "prejuízo ao clube" e "gestão temerária". Antes, o grupo de apoio foi minado pelos problemas internos e muitos romperam com o mandatário.

O LANCE! adiantou que há uma briga por membros votantes para abrir a sessão, mas um grupo em geral está sendo tratado como peça-chave: os Esportes Olímpicos. Apesar de ter apoiado o grupo da situação publicamente, alguns membros estão insatisfeitos com a postura atual de Pedro Abad. Na oposição, a ideia é se reaproximar para ganhar o apoio. Os problemas financeiros vividos pelo clube são o principal argumento. Nas entrelinhas, quem tiver o apoio dos Esportes Olímpicos, vence a queda de braço.

Outro ponto que ainda gera dúvidas é o futuro do clube por meios judiciais. Em impeachment, o Estatuo é claro: será preciso convocar uma nova eleição dentro de 45 dias. Já em caso de renuncia, deixa brechas. Cacá Cardoso, então vice-geral, renunciou ao cargo. Com isso, Fernando Leite, o presidente da comissão do impeachment, assumiria. Existe uma dúvida neste caso se ele ficaria até o fim de 2019 ou se precisaria convocar outra eleição.

A ascensão de ex-aliados preocupa membros da situação - e alguns também da oposição. Há também o temor de que o presidente da comissão não convoque novas eleições. Internamente, suas ações foram consideradas parciais e ajudaram a trilhar a sua caminhada para o poder. O próprio, por outro lado, garante que cumprirá com o Estatuto e convocará o pleito em ambos os casos.

Antes reticente sobre uma possível renúncia, Pedro Abad já cogitou deixar ao cargo. Pressionado internamente, conversou com membros próximos sobre a possibilidade, em informação divulgada pelo UOL Esporte. Outra possibilidade é adiantar a eleição. O 'Jornal O Globo' trouxe a informação que passou a ser discutida internamente. A ideia é convocar uma assembléia para mudança estatutária, adiantar a eleição e convocar o pleito.

A última carta foi uma possível anulação da sessão do impeachment. Nesta terça-feira, o advogado Fernando Setembrino entrou com pedido de liminar para suspender a sessão que votará o pedido de impeachment. A decisão estava na mão da juíza Luciana de Oliveira Leal Halbritter, que indeferiu o pedido. Veja o pedido na íntegra e o veto da Justiça.

Lance!
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