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Griezmann se diz a favor de paralisação em partidas que ocorram casos de homofobia e racismo

O debate tem gerado controvérsia na França, apesar de grandes nomes do esporte, como Vieira e Deschamps também concordarem. Homofobia cresceu nos estádios franceses

11 set 2019 - 14h08
(atualizado às 14h35)
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O número de casos de homofobia tem crescido nos estádios franceses. Uma das principais medidas de combate é a interrupção da partida quando houver manifestação homofóbica por parte da torcida. A medida, porém, tem causado divergência, apesar de contar com apoio importantes de grandes nomes do esporte. O atacante Antoine Griezmann foi mais uma personalidade do futebol francês a apoiar a medida.

Griezmann é um dos destaques do Barcelona (Foto: AFP)
Griezmann é um dos destaques do Barcelona (Foto: AFP)
Foto: Lance!

- Para mim, é muito bom que parem as partidas quando tiver cânticos homofóbicos ou racistas. Se nós pararmos as partidas, as pessoas não ficarão felizes e então vão parar as músicas - disse o atacante francês ao 'RTL'.

DIVERGÊNCIAS

No último mês, a partida entre Nice e Metz foi interrompida por conta de faixas e cânticos homofóbicos por parte da torcida do Metz. O chefe da Federação Francesa, Noel Le Graet, foi contra a atitude e ressaltou que foi um erro.

- Parar as partidas não me interessa. É um erro. Pararia um jogo por causa de gritos racistas, pararia uma partida por causa de uma briga, por causa de incidentes se houver perigo nas arquibancadas, mas não é o mesmo - disse o Le Graet.

As declarações do chefe da Federação causaram divergências na França. A Ministra dos Esportes, Roxana Maracineanu, disse, na semana passada, que ficou "surpresa" com os comentários de Le Graet, ressaltando que outras partidas já tinham sido interrompidas por conta de homofobia.

HOMOFOBIA CRESCE

Segundo o jornal inglês 'The Guardian', 20 casos de homofobia nos estádios foram reportados no início dessa temporada nas duas principais divisões e na Copa da Liga. Alguns treinadores se manifestaram contra a homofobia, como Patrick Viera, André Villas-Boas e Didier Deschamps, técnico da seleção francesa.

O presidente da França, Emannuel Macron, também incentiva que os jogos sejam interrompidos ou até suspensos. Ainda de acordo com a publicação, a punição para torcedores homofóbicos na França pode chegar a multas de até 22 mil euros (R$ 98 mil) ou até sentenças de prisão.

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