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Giovane, sobre caso Tifanny: 'Está na lei, mas há desequilíbrio'

Ex-jogador, e atual técnico do Sesc-RJ masculino e da Seleção Sub-23, lembrou que todos os critérios da federação internacional são cumpridos, porém, apontou diferença no ataque

12 fev 2018 - 06h04
(atualizado às 11h37)
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Técnico do time masculino do Sesc-RJ e da Seleção Sub-23, Giovane Gávio também acompanha os passos do vôlei feminino e não se absteve de comentar o caso Tiffany, oposta do time do Bauru e primeira transexual a atuar na Superliga de Vôlei Feminino. Para o ex-jogador, que tem no currículo dois ouros olímpicos (1992 e 2004), Tifanny cumpre o que é determinado pelas regras, mas há uma diferença entre ela e as demais participantes.

Giovane tem dois ouros olímpicos como jogador, em 1992 e 2004 (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)
Giovane tem dois ouros olímpicos como jogador, em 1992 e 2004 (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)
Foto: Lance!

- Ela está dentro da lei. Cumpriu todas as exigências da federação internacional e está jogando de forma legal, mas, em minha opinião, tem um desequilíbrio porque ela é muito forte comparada com as outras garotas. O gesto de ataque é masculino. A alavanca de ataque, tecnicamente falando, é diferente. As mulheres não têm aquela alavanca e isso dá uma diferença enorme. Acho que não cabe a mim julgar se a lei está certa ou não, mas acho que, hoje, tem um certo desequilíbrio - disse.

Algumas jogadoras, como Tandara, do Osasco, e ex-jogadoras, como Ana Paula, já se manifestaram contra a presença de Tifanny na Superliga. O jornal 'Estado de S. Paulo' publicou recentemente que estaria havendo uma pressão dos clubes à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para que a jogadora fosse excluída da competição.

Giovane aproveitou para elogiar o nível do vôlei no país, citando diversos pontos positivos que têm contribuído para o crescimento da modalidade.

- Todo ano melhora um pouco, todo ano vem uma equipe nova e ajuda a melhorar o nível do campeonato. A presença de estrangeiros também ajuda a elevar o nível técnico do campeonato, mais televisões transmitindo... A gente vem de um tricampeonato olímpico, acho que tem de aproveitar esse momento, que pode sempre ser melhor, mas a gente vem em um constante crescimento. Estamos quase chegando nos playoffs da Superliga, chegando em momentos bons. Esse ano tem campeonato mundial adulto e as expectativas são grandes para, quem sabe, o tetra - avaliou.

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