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Gabriel Teixeira, André... o que fica de positivo na amarga derrota da garotada do Fluminense na estreia

Jovens meio-campistas foram os destaques do time de Ailton Ferraz, que apresentou bons lances no primeiro tempo, mas acabou derrotado após falhas e falta de atenção

5 mar 2021 - 06h03
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A noite tinha tudo para ser uma exaltação à qualidade dos Moleques de Xerém. Com um ótimo primeiro tempo, o Fluminense fazia tudo certo para uma vitória sem dificuldades, mas viu a arbitragem não marcar um pênalti em Miguel e anular um gol legal de Caio Vinícius. Mais cansado na segunda etapa, a equipe de Ailton Ferraz falhou duas vezes e perdeu de virada para o Resende, por 2 a 1, no Maracanã, na partida de estreia do Campeonato Carioca 2021.

Gabriel Teixeira, durante a partida entre Fluminense e Resende (Foto: Mailson Santana/Fluminense FC)
Gabriel Teixeira, durante a partida entre Fluminense e Resende (Foto: Mailson Santana/Fluminense FC)
Foto: Lance!

A média de idade do time titular foi de 20 anos. O mais velho era o zagueiro Frazan, justamente o responsável pelas falhas nos dois gols do Resende, com 24. O mais jovem é o meia Miguel que faz 18 anos no próximo dia 26. Mesmo com a pouca experiência o grupo não sentiu o peso de uma estreia no estádio mais importante do país e não perdeu a cabeça com os lances de polêmica, envolvendo o adversário nos primeiros 45 minutos. O que complicou foi o cansaço e a falta de organização já nos minutos finais.

Mesmo com a queda física na segunda etapa, as falhas e a falta de atenção, que culminaram na virada, é importante destacar a grande partida feita por Gabriel Teixeira e André, os homens responsáveis pela criação e contenção no meio-campo. O primeiro forneceu vários passes interessantes e finalizou, mostrando habilidade e qualidade nas tomadas de decisão. Já o segundo, mais defensivo, já vinha mostrando na base que deveria ser analisado com mais carinho pelo profissional, onde ficou algumas partidas até fora do banco de reservas na última temporada.

- O jogo foi excelente, criamos várias oportunidades. O futebol às vezes prega situações que nem imaginamos, infelizmente aconteceu. Era o meu medo, perder chances, ter o gol anulado e acontecer o que foi no final. Acho que nada tira o que esses garotos vão fazer pelo Fluminense lá na frente. Estou orgulhoso por dirigir jovens com tanta personalidade. Essa queda vai existir mesmo com a mudança de ritmo. Eles aceleram muito, às vezes na hora de segurar, é normal no jovem. Estou feliz - analisou Ailton.

Vale lembrar que, apesar de todos os jogadores serem das categorias de base, todos estavam espalhados por Sub-17, Sub-20 e Sub-23, com alguns até no profissional, fazendo com que falte não só entrosamento, mas que cada um esteja em um estágio físico diferente. Por isso, a estreia também foi importante para ajustes de Ailton Ferraz, que também precisará do natural tempo de encaixe das peças no início da temporada. Apesar de Alexandre Jesus ter entrado e feito o gol, as mexidas, em geral, acabaram não dando certo e desorganizaram a equipe.

Na próxima partida, no domingo, às 16h, contra a Portuguesa, o Flu deverá manter a base deste jogo, talvez com o acréscimo do veterano Paulo Henrique Ganso. É importante ressaltar que a partir da terceira rodada da Taça Guanabara os clubes podem receber multas caso deixem de utilizar sua equipe considerada principal "sem motivo justo", como diz o regulamento da Ferj. No documento, não estão explicitados quais seriam os "motivos justos" citados, tampouco quem determinaria se a escalação é a principal do time.

Assim, o time de garotos terá mais uma oportunidade para mostrar serviço na competição e, posteriormente, podem ser aproveitados pela comissão de Roger Machado, que ficou satisfeito com o que viu. O time principal está em treinamento visando principalmente a possibilidade de ter que disputar a estreia na Libertadores na próxima quarta-feira.

- Hoje nossos relacionados tiveram 20 atletas da base e três de outros clubes. É um orgulho. Estamos no caminho certo, não é uma derrota que vai apagar o que esses meninos fizeram e ainda vão fazer. O Roger também desceu e ficou muito satisfeito. Temos que continuar lapidando eles, é o que temos feito. São garotos de ouro, temos que ter cuidado em termos de cobrança, porque o que eles fizeram sem dúvidas foi fantástico. Foi um jogo de coragem, imposição. Infelizmente o futebol prega essas situações. Nossa função é erguer o atleta e é o que vamos fazer a partir de amanhã - completou Ailton.

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