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Fraco rendimento e problemas no vestiário: a queda de Wagner Lopes no Paraná

Treinador ficou apenas um mês e meio em sua segunda passagem pelo Tricolor

17 fev 2018 - 16h40
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Um mês e meio de trabalho e sete derrotas: esse período foi o suficiente para o Paraná decidir pela demissão do técnico Wagner Lopes, na última sexta-feira. Apesar do fraco desempenho, a saída do treinador se deu mais pelo gerenciamento do dia a dia com o elenco do que pelos resultados em campo.

Após 70% de aproveitamento em 2017, Lopes saiu do Paraná com apenas 26% nesta temporada. (Divulgação/Paraná)
Após 70% de aproveitamento em 2017, Lopes saiu do Paraná com apenas 26% nesta temporada. (Divulgação/Paraná)
Foto: Lance!

De volta o Tricolor, após boa passagem no primeiro semestre do ano passado (70% de aproveitamento), o comandante paranista chegou em 2018 com uma missão que o clube não vivia há dez anos: jogar a Série A do Campeonato

Brasileiro. E não vai cumprir.

Com 20 reforços, sem todos estrearem ainda, o time da capital venceu apenas um jogo na temporada, não se classificou para as semifinais da Taça Dionísio Filho do Campeonato Paranaense (terminando em último de seu grupo) e se classificou na primeira fase da Copa do Brasil, diante da URT-MG, com um 'gol achado' nos acréscimos. Lopes deixa o cargo com 26% de aproveitamento, com uma vitória, três empates e três derrotas.

- Nossa preocupação não foi com os resultados, mas com o desempenho da equipe. Estamos num processo e isso tem que ser entendido por vocês e pelos torcedores, mas não posso acreditar que essa equipe que está aí não pode disputar um Paranaense e estar nas quatro primeiras posições. Estamos jogando contra time que joga com marcação encaixada e não está saindo. Isso para mim é um absurdo. Entendemos que houve tempo suficiente de preparação e o rendimento está aquém do esperado - declarou o executivo de futebol, Rodrigo Pastana.

Mesmo com a diretoria negando problemas no dia a dia, o LANCE! apurou que Wagner Lopes não conseguiu lidar bem com o atual elenco, diferente do que aconteceu em 2017. As entrevistas pós-jogo, por exemplo, não eram assimiladas de forma positiva - o treinador criticou seguidamente os erros e as peças da equipe.

Boa parte dos jogadores também não digeriu bem o tratamento ao experiente atacante Zé Carlos, que veio por indicação do dirigente e não tem um relacionamento saudável com os outros companheiros, que o consideram como privilegiado diante dos demais. O contrato do centroavante vai até o final do Estadual e não deve ser renovado.

Assim, a gestão de Lopes, tão elogiada em sua primeira passagem, ficou distante de ser repetida neste ano. Enquanto os remanescentes de 2017 seguiram satisfeitos com seus métodos, as novas contratações não responderam da mesma forma. Diante do cenário complicado, a direção optou por demiti-lo e buscar outro nome no mercado.

'De folga' no Campeonato Paranaense, já que só retorna na Taça Caio Júnior, a equipe encara o Sampaio Corrêa pela segunda fase da Copa do Brasil, na próxima quinta-feira, fora de casa. O time será comandando pelo auxiliar-técnico, Ademir Fesan, o analista de desempenho do clube, Lucas Gonçalves, e o coordenador técnico, Marcos.

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