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Filho doente, banco no treino e noite de gala: Sornoza desencanta com a 10

Com problemas de saúde na família, meia vivia pior fase no Fluminense e, por pouco, não ficou no banco. Motivado com a confiança do treinador, fez melhor partida pelo Tricolor

16 fev 2018 - 05h01
(atualizado às 05h01)
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A análise do LANCE! da goleada por 5 a 0 contra o Salgueiro-PE, desta vez, será diferente. O primeiro grande jogo do Fluminense no ano teve Gilberto desencantando, grande atuação coletiva e movimentações interessantes de todos os jogadores do setor ofensivo. Mas, por incrível que pareça, tudo fica em segundo plano. Quem roubou a cena no estádio Nilton Santos vestia a camisa 10 tricolor: Sornoza. E foi muito mais que 90 minutos. O LANCE! explica.

Tirando o período lesionado, Sornoza vivia seu pior momento desde que chegou ao futebol brasileiro, em janeiro do ano passado. Os quatro jogos oficiais em 2018 foram frustrantes: nenhuma participação em gols, expulsão e duas substituições precoces. Por isso, seus dias no time titular estavam contados com Abel, que pela primeira vez cogitou barrá-lo por opção técnica. Como o LANCE! antecipou, o meia começou o jogo-treino contra o Bonsucesso no banco de reservas e viu Robinho ter grande atuação como titular.

- No jogo-treino de sexta, comecei com o Robinho. No segundo tempo, atuou outro time, com Sornoza. Mesmo ele sabendo que não iria jogar, treinou tão bem que não poderia tirar ele - revelou o treinador após a vitória.

Como o LANCE! também antecipou horas antes da partida, Abelão deu um voto de confiança ao camisa 10, antes desmotivado. Além de saber do potencial do meia, se mobilizou com um problema de saúde familiar do equatoriano.

- Viemos a saber que o filho dele passou meses com febre sem se saber o motivo. E agora fará cirurgia de amigdalite. E ele não dormia. Agora, falou que está dormindo. Se desanima, se ele não se empenha, não iria começar o jogo. Foi feliz - revelou o treinador.

- Foi minha melhor partida pelo Fluminense. Estamos trabalhando pra chegar 100%. Não foi meu melhor inicio de ano, por isso conversei com professor, falei que tive um problema familiar. Meu filho está muito melhor e agora estou totalmente focado - disse Sornoza após a goleada.

Toda equipe abraçou Sornoza em uma das três assistências

O aumento de confiança foi nítido em campo. Desde os primeiros minutos de jogo, Sornoza pedia a bola pela esquerda e pela direita. Distribuía e se apresentava para receber de volta. E numa dessas, logo aos quatro minutos, deixou Gilberto na boa para abrir o placar. Pouco tempo depois, lançamento milimétrico para Marcos Júnior. Em 20 minutos, o placar já estava resolvido pelos pés do camisa 10. Mas ele queria mais do que isso.

Na segunda etapa, mesmo com o jogo ganho, a intensidade continuou alta. Acompanhou contra-ataque do gol de Gilberto, deixou Robinho livre na área e, no fim, ainda teve disposição para tabelar e tirar do goleiro. Atuação de gala. (veja todos os gols no vídeo acima)

Foram 48 passes certos e seis errados. Três assistências e uma bola na rede. Mais que isso, retomou a esperança da torcida tricolor na equipe, desacreditada até agora. Não que o frágil Salgueiro-PE seja parâmetro, mas a retomada de Sornoza, agora camisa 10, surge como a criatividade que faltava para um elenco de jogadores sem grandes nomes, mas competitivos.

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