PUBLICIDADE
Logo do Palmeiras

Palmeiras

Favoritar Time

Felipão: 'Sou técnico de resultado. Se é feio ou bonito, depende de cada um'

Treinador ressalta que nunca vestiu qualquer 'carapuça' para jogar bonito e defendeu estilo que faz o Palmeiras abrir vantagem na liderança do Brasileiro após derrotar o Fluminense

15 nov 2018 - 00h48
(atualizado às 10h45)
Compartilhar
Exibir comentários

Depois da vitória por 3 a 0 sobre o Fluminense, que deixa o Palmeiras com oito pontos de vantagem na liderança (distância que pode reduzir nesta quinta-feira) do Campeonato Brasileiro, Luiz Felipe Scolari se definiu como um técnico de resultado. Sem se importar com qualquer crítica ao estilo de jogo do time que acaba de igualar o recorde de invencibilidade do torneio nos pontos corridos: 19 jogos sem perder, como o Corinthians do ano passado.

- Na minha equipe, posso agradar uns e não agradar outros. Fazer o quê?! Tínhamos um projeto, um ideal, e estamos chegando. Se não jogamos de forma tão brilhante quanto alguns gostariam, jogamos de forma concreta pára buscar objetivo. Sempre fui de treinador de resultado, nunca me escondi atrás de outra carapuça. Gosto de resultado e jogamos na característica dos jogadores para conseguir. Feio ou bonito, depende de cada um. Para algumas pessoas, sou bonito. Para outras, não. Fazer o quê?! - sorriu, discordando de quem fala que sua equipe "dá a bola ao adversário" por opção.

- Não sei como vocês entendem de futebol. Gosto de pedir para o meu time jogar bola, mas não para dar a bola para o adversário. Errar não é dar a bola. Tem momentos em que você precisa ter postura tática mais defensiva porque adversário melhorou ou causou problema. Essas palavras são pela Copa do Mundo, diziam que a França dava a bola para o adversário. Mas ninguém dá a bola para o adversário, o adversário que tem qualidade. Nós, quando vimos que teríamos problema, colocamos Felipe Melo, ficamos mais defensivos, fizemos segundo gol e, aí, melhorou para jogar. É um sistema para jogar quando tem resultado e temos bom aproveitamento.

O Palmeiras chegou a 70 pontos e, nas quatro rodadas que restam no Brasileiro, visita o Paraná em Londrina, no domingo, recebe o América-MG no Allianz Parque, na próxima quarta-feira, encara o Vasco no dia 25, em São Januário, e encerra sua disputa no dia 2, contra o Vitória, em São Paulo. A meta de Felipão é somar oito pontos para não depender de ninguém.

- Nosso número é: temos 12 pontos a disputar, com cinco na frente, então temos de ganhar ainda oito pontos, no mínimo. Esse é o número ideal para ser campeão. É preciso ganhar oito pontos, são duas vitórias e dois empates, muito difícil. Tomara que a gente consiga aproveitamento muito bom em Londrina, com mais três pontos para poder respirar bem nos últimos três jogos.

Confira outros temas abordados por Felipão nesta quarta-feira:

Proximidade do título

São 12 pontos. Título está próximo e está longe. Temos de respeitar todos os adversários, sabemos como é difícil vencer. São cinco pontos de vantagem para nosso seguidor, não são nem dois jogos;. O título está perto e longe ao mesmo tempo. Os jogadores sabem disso e vamos continuar com os pés no chão, independentemente da porcentagem que falam para ganhar.

Felipe Melo entrar e fazer golaço

É sinal de que sabemos respeitar o adversário, que nos colocou no nosso campo, tinha condição de chegar perto da área para chutar e causa prejuízo muito grande. Optamos por conter no meio-campo e, pela qualidade do atleta, no rebote, faz gol muito bonito. Mérito dele, bem posicionado. E mérito do Fluminense, que vinha nos encurralando e causando dificuldade. Por isso, colocamos o Felipe Melo.

Gramado do Allianz Parque

Temos de ter bom diálogo e situação equilibrada com quem administra gramado. Não posso chegar ao meio do ano sem conhecer parte de contrato do clube com Allianz. Algumas coisas, queremos traçar rumo para o ano que vem. Com show no sábado, vamos para o Pacaembu na quarta, para não ter problema. Gramado não estava tão ruim quanto imaginávamos. Um ou outro lance com dificuldade porque, mesmo com novas técnicas, teve show no sábado. Eles fazem a parte deles e nós teremos entendimento. Vamos nos reunir nesta semana para traçar planos para o ano que vem e, deixando gramado sete dias sem jogo, o gramado será maravilhoso.

Borja

O Borja tem um ou outro jogo em que posso olhar de uma forma não contente com atuações dele, mas, na maioria, foi muito bem, mesmo sem fazer gol, que é o que mais sabe. Ele tem se colocado muito bem em campo, aprendido a interceptar passe de um zagueiro para o outro para atrapalhar e muita qualidade na bola aérea. Ele vem melhorando e estamos ganhando, porque temos Borja, Deyverson e Papagaio. Venho gostando da forma como ele vem progredindo em certos itens e ajudando o Palmeiras.

Diogo Barbosa

O Diogo vem bem. É um dos titulares que colocamo tranquilamente. Estamos bem servidos pelo lado esquerdo. Joga o normal, que sabemos.

Mudanças na escalação

Eu vinha jogando dessa forma. Contra o Paraná, vamos trocar, no mínimo, cinco ou seis jogadores de novo. Na semana retrasada, o Felipe Melo estava nas últimas. Agora, podemos organizar e ter cuidado com lesões e cartões, porque é reta final e não podemos perder ninguém. Mas posso trocar porque tenho qualidade em todos os jogadores, e posso trocar até sete. E eles vinham jogando assim. Não é problema.

O que muda com Scarpa

Muda que a bola tem de ser mais jogada, não longa ou de velocidade, porque Scarpa e Lucas não têm velocidade de outros jogadores, como Dudu e Willian. A bola precisa ser mais trabalhada, muda característica durante o jogo. Vemos a dificuldade imposta pelo adversário e adaptamos. Mas Lucas e Scarpa têm qualidade com a bola espetacular, e vão se adaptando, principalmente quando estamos ganhando, para segurar mais a bola.

Paulo Turra

Paulo Turra está fazendo hoje 45 anos. Jogadores deram presente para ele hoje. Depos do jogo, ainda deram parabéns pelos 45 anos de idade. Ele também será um treinador de resultado, pode acreditar. Tem a escola do Caxias, do Sul. Nós gostamos de vencer. É bom falar dele, porque vem fazendo trabalho maravilhoso conosco e, futuramente, estará em situação diferente. Hoje, é auxiliar. Futuramente, continuando esse trabalho, será um dos melhores treinadores do Brasil. Falta um pouquinho para amadurecer algumas coisas, mas, daqui uns dois anos, vamos colocá-lo no fogo.

Lance!
Compartilhar
Publicidade
Publicidade