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Ex-auxiliar do Fla, Arthur Bernardes elogia Abel: 'Trabalho progressivo muito bom'

Auxiliar técnico no ano do centenário Rubro-Negro, ele atuou com os badalados Sávio, Romário e Edmundo no comando de Apolinho

20 mai 2019 - 16h35
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Pressão é uma palavra comum dentro do Flamengo e as exigências desta temporada estão direcionadas em um nome: Abel Braga. A sequência do time que rendeu a classificação para as oitavas de final da Copa Libertadores e a vantagem sobre o Corinthians no mata-mata da Copa do Brasil após vitória por 1 a 0 na Arena, não foram suficientes. Após a derrota para o Atlético-MG, no último sábado, 18, os ânimos da torcida voltaram a se exaltar.

Aos 64 anos Arthur Bernardes é técnico de futebol, mas foi auxiliar técnico do Flamengo em 1995, ano em que os debates sobre a dupla Romário e Edmundo tomavam conta da opinião pública. Mesmo que o período tenha sido outro, ele sentiu como é estar no lado da equipe de Abel e destacou que cobrança sempre esteve presente no DNA do clube.

- Antes do Abel, tinha outro que estava lá estava sendo cobrado da mesma maneira. Eu tive a oportunidade de trabalhar com o Apolinho e a cobrança era igual, ainda mais no ano do centenário do Flamengo. Não é nada fácil trabalhar no Flamengo, você tem que ter uma capacidade de reposição de peças e treinamento muito bem elaborados. Para aqueles que não estão participando de algum jogo, como por exemplo os que não foram para o jogo contra o Peñarol, têm que treinar de uma forma bem específica com trabalho de força em excelência, para que quando forem solicitados correspondam. Com uma equipe de auxiliares bem competentes, Abel consegue trabalhar para que as cobranças não detonem o trabalho que está feito. O Flamengo tem um calendário extenso e o Abel está aí fazendo um trabalho progressivo muito bom - acentua.

Ainda de acordo com Arthur Bernardes, o calendário apertado torna-se um desafio também no planejamento. E por conta disso, constantes mudanças no time titular influenciam diretamente no desempenho que é visto dentro de campo.

- A primeira fase da Libertadores não é nada fácil porque, embora seja início de temporada, acumula com o desgaste do Estadual. O Flamengo, que tem uma alta rotatividade de atletas e uma forte cobrança, poderia estar melhor na campanha, mas é no dia a dia de treinamentos que a gente define isso, porque existe toda uma preocupação com sobrecarga de treinamentos, jogos, viagens, como sempre acontece em todos os clubes. Hoje existe uma preocupação maior e para o treinador e a comissão técnica fica um pouco mais difícil ter um time com boa harmonia e entendimento, já que a cada jogo tem que trocar um ou dois jogadores para que não haja lesão - explica Arthur Bernardes, que continua:

- Existe um certo exagero nesse tipo de situação e isso prejudica muito o treinador. Às vezes ele quer colocar dois ou três atletas para jogar uma sequência, mas não consegue por conta de protocolos de fisiologia que esbarram no desenvolvimento. Não quero dizer que a ciência não tenha que acompanhar, mas com a responsabilidade que o Abel tem com um time de investimento alto, ele fica com uma sobrecarga muito maior. Ele tem que procurar ser o mais específico possível no treinamento e ficou bem claro pra mim que o trabalho de finalização tem que ser aprimorado, porque os atletas perderam muitos gols nestes últimos jogos - complementa Arthur Bernardes.

(Foto: Divulgação)
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Foto: Lance!
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