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Estratégia equivocada faz Flu mudar o estilo e time é engolido pelo Fla

Tricolor tentou propor uma marcação forte, porém sem jogadores com essas características e ficou sem a posse de bola, dando espaço de sobra para o rival

20 out 2019 - 21h20
(atualizado às 21h42)
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O Flamengo fez valer o seu favoritismo e venceu o Fluminense por 2 a 0. Para o Tricolor, o placar ficou de bom tamanho, já que o Rubro-Negro criou inúmeras chances de sair do Maracanã com uma goleada. O time comandado por Marcão veio modificado, sem João Pedro e com Wellington Nem no ataque. No entanto, a alteração não surtiu efeito positivo. Ao mudar a maneira de se posicionar em campo, a equipe de Laranjeiras foi presa fácil, não conseguindo se impor em nenhum momento da partida.

COMEÇA PERDENDO

Nino fez pênalti em Gabriel, ignorado pela arbitragem, mesmo com revisão no monitor (Alexandre Vidal / Flamengo)
Nino fez pênalti em Gabriel, ignorado pela arbitragem, mesmo com revisão no monitor (Alexandre Vidal / Flamengo)
Foto: Lance!

Muriel foi o grande destaque tricolor (Marcelo Cortes/Flamengo)

O Fluminense sentiu a pressão inicial do Flamengo e levou o primeiro gol logo aos 3 minutos, após cobrança de escanteio. O detalhe é que a jogada aérea defensiva foi treinada antes da partida, no aquecimento dos jogadores no gramado do Maracanã. Evidentemente que a estratégia de Marcão era de esperar o Flamengo e ter o contra-ataque, porém em nenhum momento o Tricolor conseguiu ajustar a marcação para conseguir roubar a bola e atacar. O Rubro-Negro jogou como quis, sempre no campo ofensivo. O árbitro Anderson Daronco ainda foi amigo do time das Laranjeiras, ao não dar um pênalti, mesmo após olhar o monitor.

BARRAÇÃO SEM EFEITO

Sem centroavante, Flu não se encontrou (Lucas Merçon/Fluminense)

Para o clássico, Marcão barrou João Pedro, centroavante de ofício, para a entrada de Wellington Nem. A ideia era dar experiência e velocidade ao ataque. No entanto, Yony, que em tese ocuparia a referência ofensiva, se manteve no lado esquerdo, cobrindo os avanços do lateral-direito adversário. Com isso, o Fluminense não tinha alguém para prender a bola na frente. Nem ocupou o setor, mas não tem essa característica. Ganso chegou a jogar na frente, porém recebendo a bola de costas, foi presa fácil para a marcação. Sem o meia no campo defensivo, Allan ficou sobrecarregado e não conseguiu dar sequência nas jogadas, méritos também da marcação do Flamengo, bastante intensa.

SEM ESTILO

Ganso foi vaiado mais uma vez (Lucas Merçon/Fluminense)

O Fluminense se caracteriza por ser um time técnico, com Allan, Daniel, Ganso, Nenê, Caio Henrique. No entanto, os mesmos jogadores não possuem a intensidade na marcação. Com isso, não recuperou a bola e consequentemente, não teve a posse. Dessa forma não conseguiu jogar da forma que está habituado. Mostrar valentia, apenas, sem combatividade, não dará certo, ainda mais contra uma equipe que mostrou intensidade durante boa parte da partida.

MEDALHÕES DESANIMADOS

Nenê foi discreto em campo (Lucas Merçon/Fluminense)

Pela primeira vez, Marcão escalou Ganso, Nenê e Wellington Nem juntos. Para azar do treinador, o trio não conseguiu se entender. Muito espaçado em campo, os jogadores mal trocaram passes e ainda não tiveram individualmente atuações de destaque. Tanto que os três foram substituídos no segundo tempo da partida. O detalhe é que Ganso mais uma vez foi vaiado pelos torcedores e esteve até abaixo do que os companheiros citados. Disperso e errando muitos passes, o meia apareceu mais em faltas, tanto que levou cartão amarelo. Mentalmente está muito mal.

VALENTIA NÃO BASTA

Estratégia de Marcão não surtiu efeito (Lucas Merçon/Fluminense)

A derrota para o Flamengo deixa de lição o quanto o Fluminense precisa evoluir para enfrentar grandes equipes. Vale lembrar que o Tricolor veio para o clássico após um revés diante do Athletico, também no Maracanã. Sem centroavante, o time se mostrou desorganizado, com jogadores atuando fora de suas posições. Quando conseguiu quebrar as linhas de marcação do rival, até fez jogadas interessantes, porém, de uma forma geral, elas surgiam mais ao acaso, do que propriamente por méritos de uma construção objetiva e clara. O foco tem que ser apenas se manter na Série A, vencendo jogos que em tese são possíveis. O clássico, desde o primeiro minuto, ficou claro que não daria para ser vencido.

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