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Escândalo à frente do São Paulo põe escritório de Aidar em xeque

13 out 2015 - 09h11
(atualizado às 17h38)
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O escândalo que se tornou a administração Carlos Miguel Aidar no São Paulo começa a repercutir no escritório de advocacia do dirigente, cuja imagem foi bem abalada e deve ter uma debandada de clientes.

FORA DE CAMPO - Carlos Miguel Aidar - Presidente do São Paulo
FORA DE CAMPO - Carlos Miguel Aidar - Presidente do São Paulo
Foto: Marcello Zambrana/AGIF / LANCE!Press

Aidar deixa o Tricolor sob uma saraivada de acusações. Uma delas foi a contratação da filha Mariana como assessora da presidência. Ela saiu do clube por suspeita de participar de negociações de atletas, que não era sua função.

Outro escândalo foi a participação da namorada do dirigente, que receberia 20% para cada contrato acertado para o clube.

Mais um outro se deu com o pagamento de R$ 18 milhões para uma empresa sediada em paraíso fiscal, cujo dono ninguém sabia ao certo quem era, por conta de um contrato com a nova fornecedora de material esportivo do São Paulo.

Depois o Tricolor ainda contratou um zagueiro de um clube goiano dias depois de ter deixado o Criciúma numa operação suspeita e que deve ser analisada internamente. Teria tido participação de empresários…

Pra piorar o escritório Aidar SBZ teria tido advogados alocados no Morumbi durante a gestão do dirigente, alvos de críticas e má gestão, segundo denúncias de conselheiros da oposição.

Aidar, enfim, teria tratado o São Paulo como um negócio próprio, fazendo dele o que bem entendia. Transformou-o num feudo e acabou sucumbindo.

Mas vale lembrar que, apesar de Juvenal Juvêncio, antes aliado, hoje inimigo de Aidar, reclamar que ele misturou seu escritório com o São Paulo, usando inclusive advogados do primeiro que queriam trabalhar com futebol no segundo, a lambança não é de hoje. Já nos tempos de Juvenal isso acontecia.

Foi o escritório de Aidar que defendeu mudança do estatuto do clube para assegurar um terceiro mandato para seu antecessor. E foi o escritório de Aidar que, a pedido de José Maria Marin, defendeu a CBF para derrubar as ações na Justiça que defendiam a permanência da Lusa na Série A depois da polêmica queda do clube em dezembro de 2013.

Aidar, aliás, tornou-se bom amigo de Marin. O mesmo que está preso na Suíça desde maio acusado de corrupção.

Quando Juvenal e o São Paulo escolheram Aidar para presidi-lo já sabiam o que poderia vir pela frente. Mas a oposição no Tricolor é fraquinha, fraquinha… E a era do clube dos cardeais já foi e já foi há muito tempo. Hoje virou um clube comum. Uma bagunça só, que Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do Conselho Deliberativo, quer acertar. Conseguirá?

Abaixo segue nota do AIDAR SBZ, que refuta com veemência o tom especulativo do post “O escritório de Aidar”, publicado hoje, 13, ao se referir aos negócios do escritório:

"O AIDAR SBZ advogados é um escritório atuante em várias áreas do direito, para clientes dos mais diversos setores da economia, com uma equipe formada por mais de 250 profissionais, guiados pela cultura da meritocracia, transparência e ética. A instituição mantém um relacionamento extremamente profissional com todos os seus clientes, construído de modo sustentável, com respeito e confiança ao longo de anos de trabalho em parceria.

As atividades do AIDAR SBZ são e sempre foram absolutamente distintas dos projetos pessoais de seus sócios, não existindo, assim, qualquer relação institucional do escritório com a atuação de Carlos Miguel Aidar como presidente do São Paulo Futebol Clube. Carlos Miguel Aidar está afastado das suas atividades do escritório desde que assumiu a presidência do clube em abril de 2014, há um ano e meio portanto.

Também não é verdadeira a informação de que advogados tenham atuado alocados no São Paulo Futebol Clube como funcionários do AIDAR SBZ. Os referidos profissionais se desligaram do escritório antes de exercer qualquer função no São Paulo Futebol Clube e foram contratados diretamente pelo clube, sendo funcionários celetistas sem qualquer vínculo com o escritório.

O escritório tem rígidas políticas de governança corporativa e de compliance, com gestão profissional a cargo da Diretoria Executiva, responsável pela administração financeira e organizacional da instituição, respeitando as melhores práticas do mercado corporativo."

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