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Entenda a capacidade financeira do Palmeiras que pode atrair Sampaoli

Treinador argentino fez uma exigência de investimento que o presidente do Santos considerou complicada de atender, mas Verdão tem condições econômicas para isso

10 dez 2019 - 08h41
(atualizado às 08h41)
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Jorge Sampaoli começou a semana reunindo-se por quase 4h com José Carlos Peres, exigindo investimentos que o próprio presidente do Santos considerou complicados, mesmo prometendo levar o pedido para o Comitê Gestor. Essa capacidade financeira, contudo, o Palmeiras tem. E é um dos principais trunfos para fazer o treinador não cumprir seu contrato até o fim de 2020 com o Peixe.

Sampaoli cobra do Santos investimentos que o Palmeiras pode fazer (Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação)
Sampaoli cobra do Santos investimentos que o Palmeiras pode fazer (Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação)
Foto: Lance!

Mesmo com uma previsão de redução do orçamento para a próxima temporada, o Verdão conta com uma renda que pode fazer o argentino se sentir no nível dos concorrentes para brigar por títulos. De olho, principalmente, na Libertadores, uma obsessão dele e do Palmeiras.Apesar de o Palmeiras terminar esta temporada com um déficit que está em cerca de R$ 40 milhões no momento, o acordo com a Crefisa e a Faculdade das Américas (FAM) valeram R$ 112 milhões só em 2019, entre verba de patrocínio e premiação por meta atingida - vaga na fase de grupos da Libertadores.

Em acordo anunciado em janeiro, Crefisa e FAM acertaram um patrocínio de R$ 81 milhões por ano para exibição das marcas no uniforme, R$ 6,8 milhões em propriedades de marketing (como parte do pagamento de salários) e R$ 34 milhões em metas (conquistas de títulos e vaga na Libertadores), fora o que já foi desembolsado em luvas. Em outras palavras, o Verdão começa 2020 já com R$ 87,8 milhões garantidos.

Além disso, a reformulação preparada para a próxima temporada pode aumentar a capacidade de investimento do clube. O elenco sofrerá alterações que, como consequência, acarretarão em um alívio na folha salarial. O atacante Miguel Borja, por exemplo, pode mudar de clube. E outros pressionados pela torcida, como o lateral-esquerdo Diogo Barbosa e o atacante Deyverson, também estão entre os candidatos a jogar em outra equipe em 2020.

Existe ainda outro fator que reduziu a renda em 2019 e que, parece, encontrou-se uma solução para o ano que vem: o Allianz Parque. O Palmeiras nunca jogou tão pouco na arena. Em 2020, a recuperação do gramado, porém, deixa de ser um problema. Ainda não houve um anúncio oficial, mas será adotada a grama sintética no local, ampliando as possibilidades de mais partidas no estádio e, consequentemente, o lucro com a bilheteria.

Tudo isso se soma ao fato de Jorge Sampaoli ser a prioridade do Palmeiras para ser o técnico que liderará a reformulação prevista para o elenco. O argentino é o nome mais próximo de um consenso para substituir Mano Menezes e segue apontado como um dos meios para a diretoria se reaproximar da torcida. Por isso, os dirigentes estão dispostos a conversar, e já demonstraram isso.

Na semana passada, dirigentes do Verdão conversaram com representantes do treinador, ouviram um pedido de R$ 1,7 milhão mensais para toda a comissão técnica e não se mostraram impressionados. O clube até deve tentar encontrar uma forma de rever esses valores, mas ficou claro que não são impeditivos para a chegada do ex-comandante de Argentina e Chile.

Desta forma, segue o aguardo para a definição de Sampaoli com o Santos. Mesmo com contrato até dezembro de 2020, o treinador já deixou claro que exige ser atendido no pedido por reforços para buscar os títulos que não vieram neste ano. Se o Peixe não conseguir, o Palmeiras dá sinal verde.

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