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Durcesio detalha desafios para traçar os rumos do Botafogo: 'Esses 15 dias estão parecendo 15 meses'

Em entrevista ao 'GE', mandatário fala sobre como é intercalar planejamento para 2021 com resultados do Brasileiro e reconhece risco de baque financeiro com descenso

19 jan 2021 - 12h23
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O mandatário recém-empossado do Botafogo Durcesio Mello não mediu palavras ao falar sobre as dificuldades que vem encontrando nos primeiros dias à frente do clube. Em entrevista exclusiva ao "GE", o dirigente detalhou como é intercalar a busca por uma modernização no futebol com a pressão por reação em campo.

Dirigente mantém otimismo em relação à permanência da equipe na elite nacional (Vítor Silva/Botafogo)
Dirigente mantém otimismo em relação à permanência da equipe na elite nacional (Vítor Silva/Botafogo)
Foto: Lance!

- A gente fez um levantamento da situação do clube e um plano de 100 dias, que vão ser completados com a chegada do CEO. A gente já contratou um "headhunter", que esteve recentemente aqui no Rio, e a largada eu gosto de dizer que vai se dar com a chegada do CEO. Agora, o problema desses primeiros 15 dias, que estão parecendo 15 meses, é que o time está numa situação desconfortável, e a pressão aumenta. Pressão por demissões, pressão por penalidades pra jogadores. As pessoas não entendem as dificuldades... - desabafou, ressaltando que a manutenção de Eduardo Barroca como comandante não passará por suas mãos:

- Gosto do trabalho dele e gostaria de mantê-lo por quatro anos, mas não sei nem se vou manter para o Campeonato Carioca. O diretor de futebol vai decidir isso, ele vai ter essa autonomia. Eu não quero fazer esse tipo de influência - completou.

Durcesio avaliou o impacto financeiro que o Alvinegro terá caso amargue novo rebaixamento no Brasileirão.

- Significa perder mais ou menos R$ 10 milhões. Acho que não precisa falar mais. Basicamente você sai de R$ 80 milhões de receitas de TV para R$ 10 milhões na Série B. Aí você tem patrocínio de camisa que pode ser impactado, diversas outras receitas que a monetização fica menos valorizada do que se tivesse na Série A. Isso no papel dá quase R$ 100 milhões. Aí dá pra imaginar o tamanho do rombo num clube que tem o orçamento de R$ 200 milhões e cai pra R$ 100 milhões. É complicado - declarou.

O presidente do Botafogo, contudo, mantém seu otimismo em relação à permanência na elite do Brasileirão.

- A gente tem um jogo agora na quarta-feira que se a gente vence pode ser um divisor de águas. A gente tem Sport, Atlético-GO, Goiás, Fluminense, o próprio Ceará. Então a gente tem uma tabela favorecendo. Eu ainda acredito na Série A, e isso eu falo para os jogadores toda vez que eu vou lá. E eu conto com todos eles - afirmou.

O Botafogo encara o Atlético-GO nesta quarta-feira, às 17h, no Nilton Santos.

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