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Diretor da Chape diz que clube busca alternativas para manter time

Em entrevista, Rui Costa falou sobre o planejamento do clube e da manutenção de atletas para as disputas de 2018

11 dez 2017 - 13h33
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Não há dúvida de que 2017 foi o ano de superação para a Chapecoense. Depois de precisar formar um time em meio ao luto pela tragédia aérea que vitimou 71 pessoas, o clube realizou a melhor campanha de sua história no Campeonato Brasileiro. Além do trabalho interno para se reerguer, o Índio Condá contou com o apoio de diversos times na montagem do novo elenco. De olho nas disputas de 2018, o diretor executivo da Chape, Rui Costa falou sobre a situação dos atletas que defendem o Verdão do Oeste por empréstimo em entrevista ao canal ESPN.

Diretor executivo da Chape planeja manutenção do elenco para 2018 (Foto: SIRLI FREITAS/CHAPECOENSE)
Diretor executivo da Chape planeja manutenção do elenco para 2018 (Foto: SIRLI FREITAS/CHAPECOENSE)
Foto: Lance!

- 60% do nosso elenco era emprestado. Nós conseguimos fazer a opção de comprar de alguns, temos praticamente 40% do elenco a definir, em termos de opções de compra, permanência. Mas o mais importante é que temos em torno de 25, 26 atletas, considerando os jogadores da base, já para o ano de 2018. Ou seja, temos uma base. Nós adquirimos o Arthur Caike, o Jandrei, estamos encaminhando a compra do Elias, do Luiz Otávio. Muitos atletas que tínhamos emprestados sabíamos que parte deles conseguiríamos que permanecessem. O importante é ter uma base para o ano que vem.

Encerrando o ano com o título do Campeonato Catarinense, a oitava colocação no Brasileiro e vaga na fase preliminar da Libertadores, o clube tem a missão de manter o elenco, que se mostrou forte no decorrer da temporada, para as disputas que estão por vir. Perguntado sobre a formação do grupo, Rui Costa indicou que a Chape já teria uma boa base se voltasse às disputas hoje.

- Se o Campeonato Catarinense começasse hoje, por exemplo, teríamos uma base de time para jogar, o que não tínhamos quando chegamos aqui. Portanto, são duas etapas. A primeira é tentar fidelizar aqueles que aqui estavam, a partir de avaliações que estamos fazendo internamente e, se for necessário, buscar alternativas fora. Porque vamos ter perdas, não tem como evitar. Todos os clubes brasileiros vão ter algumas perdas, especialmente nós que tínhamos um percentual muito alto de atletas emprestados. O mais importante é que não teve um time para 2017, nós críamos condições de ter uma base para 2018, e isso é o que nós já temos hoje.

Em meio ao planejamento para 2018, o diretor relatou a união dos membros do clube para manter os jogadores que se destacaram na temporada, principalmente pelo fato de que eles estão valorizados e o orçamento do clube pode não cobrir ofertas externas.

- Estamos trabalhando aqui para buscar alternativas, para manter o grupo, para poder estar atento ao grupo, mas é difícil porque nossos jogadores valorizaram muito e é evidente que todos vão buscar uma valorização. E a Chapecoense tem seus limites orçamentários, e faremos o que for necessário para montar um grupo competitivo como fizemos em 2017 - contou.

Depois de perder Reinaldo para o São Paulo, após uma campanha de alta valorização do atleta, a Chapecoense tenta manter Wellington Paulista e Fabrício Bruno, que também foram essenciais na reconstrução do time em 2017. Segundo Rui Costa, cerca de 12 atletas encerram seu vínculo com o clube, entretanto o único que sai contra a vontade da diretoria é Reinaldo, considerado o melhor lateral-esquerdo do Brasil pelo dirigente.

- Todos (os jogadores) foram importantes na reconstrução e de alguma forma pareceria que está em lista de dispensa. Aqueles que não ficarem vocês vão saber no início da temporada do ano que vem e de uma forma respeitosa. Mas tem em torno de 12, 13 atletas que vão sair por vários motivos. O único que podemos comentar que sai contra nossa vontade é o Reinaldo, que sem dúvida alguma foi um dos protagonistas do nosso ano, talvez um dos protagonistas do calendário brasileiro, na nossa opinião o melhor lateral esquerdo do Brasil. Por conta disso, não conseguimos retê-lo. Os outros atletas eu não citaria, porque acho que não ficaria bem.

Com contrato até o final desta temporada, a continuidade de Alan Ruschel em Chapecó também é incerta. O jogador faz parte da lista de atletas que o clube pretende manter. Mas, para que o lateral possa seguir em Chapecó, será necessária a liberação do Internacional, dono de seus direitos.

- Contrato dele é até o final do ano conosco, nós estamos tentando renovar o contrato dele, mas depende de uma liberação do Internacional. A ideia é que possamos permanecer com ele.

Sobre o retorno de Neto aos gramados, Rui Costa revelou que o zagueiro irá se reapresentar junto aos demais jogadores, mas será submetido a uma avaliação médica para saber se estará apto a disputar jogos oficiais.

- Ele vai estar à disposição na pré-temporada, como todos os outros companheiros dele. Se ele vai jogar ou não no início da temporada, isso é uma decisão que foge da minha intervenção. É uma avaliação que vai ser feita pela comissão técnica, mas ele se apresenta em 4 de janeiro, apto a estar junto com seus companheiros - explicou.

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