Desafeto de Aidar, Nobre foge de polêmica sobre crise rival
Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, não quis entrar em polêmica com Carlos Miguel Aidar, mandatário do São Paulo. Questionado sobre a crise política que enfrenta o clube rival e as recentes denúncias ligadas ao nome de seu desafeto são-paulino, o dirigente alviverde preferiu o silêncio.
- Eu acho antiético comentar o que acontece dentro da casa dos outros. Comento qualquer coisa que tenha a ver com o Palmeiras - limitou-se a afirmar Nobre.
Nem mesmo a negociação que selou a ida do volante Wesley ao clube do Morumbi, colocada em xeque por Ataíde Gil Guerreiro, ex-vice-presidente de futebol do São Paulo, fez com que Nobre falasse sobre a gestão de Aidar.
- O Palmeiras tinha vínculo com o Wesley até o fim de seu contrato. Ele tinha direito de seguir para qualquer clube e dar sequência a sua carreira. No caso em tela, não nos cabe dizer nada. Ele não é mais jogador do Palmeiras, e eu falo sobre jogadores do clube apenas - completou.
Quando o Palmeiras anunciou o desfecho positivo com a Crefisa, empresa que também negociava para patrocinar o Tricolor, em janeiro deste ano, os dois presidentes entraram em conflito. O Tricolor chegou a desconfiar dos valores do negócio e ironizar o acordo, além disso a postura de Nobre teria incomodado Aidar. Em resposta, o mandatário alviverde pediu ao são-paulino para cuidar apenas de "sua gestão cheia de escândalos".
Antes disso, porém, os dois já tinham entrado em conflito. No início de 2014, Nobre chamou Aidar de sorrateiro e antiético na negociação do São Paulo com o atacante Alan Kardec. O presidente do time do Morumbi respondeu, à época, que "o choro é livre".