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Daniel se diz pronto para assumir a camisa 10 do Flu: 'É um sonho'

Com a saída de Sornoza, o número 10 está vago. Daniel é o único meia no elenco atualmente e diz estar apto para assumir a responsabilidade: 'Me sinto mais maduro'

1 jan 2019 - 08h03
(atualizado às 08h03)
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O Fluminense tem uma galeria histórica de camisas 10. Rivellino, Assis, Thiago Neves... O último dono foi Junior Sornoza, que está de malas prontas para deixar o clube. Historicamente, o número fica a cargo de meio-campistas e a oportunidade se abre para Daniel, o único que executa a função no elenco. Ao LANCE!, o atleta admitiu que seria um sonho usar a numeração.

- É um sonho, sim, meu e de qualquer jogador. Para mim, é maior ainda. Sou tricolor, meu pai é fanático, eu sou fanático. É um sonho vestir a camisa 10 que vários grandes jogadores já usaram. Seria a realização de um sonho. Me sinto pronto, sempre tive personalidade de sobra para usar a camisa 10 e acredito que consigo fazer isso.

Aos 22 anos, a carreira de Daniel é marcado por empréstimos, mas o atleta quase foi parar na Europa. Em 2016, estava cotado para ser contratado pelo Shakhtar Donetsk (UCR), mas bateu o pé e quis permanecer. O próprio conta sobre uma brincadeira com seu pai, onde dizia que inspirava na trajetória de Rogério Ceni no São Paulo para tê-la como espelho no Fluminense.

- Eu comentava bastante em casa com meu pai. Ele ama mais o Fluminense que qualquer pessoa. Falava 'pai, um dia vou fazer no Flu igual ao Ceni no São Paulo. Vai vir proposta de fora e vou ficar renovando para ficar'. Ele amava isso. Em 2013, eu estava acabando de chegar no profissional e achava muito cedo para sair. Naquele momento, optei por ficar no Fluminense.

Para 2019, a chance de ouro no Fluminense apareceu para Daniel. O meio-campista estava próximo de ser emprestado para o Vitória, mas a chegada de Fernando Diniz - que perguntou se o atleta ainda estava no elenco - foi determinante para que o meia continuasse. Juntio ao novo treinador, vem a chance de mostrar serviço no clube que defende.

- Ele (Fernando Diniz) é um treinador que já me conhece. Meu primeiro empréstimo foi com ele, me fez evoluir muito. Eu sei que com ele vão jogar os melhores, quem estiver treinando melhor. Isso motiva bastante. Bati um papo com ele, liguei para dar os parabéns por estar vindo para trabalhar no clube. Fiquei feliz por trabalhar com ele de novo.

Daniel voltou ao Flu em 2018 (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

Confira a entrevista de Daniel ao LANCE! na íntegra:

LANCE!: Daniel ou Danielzinho?

Daniel: Pode ser Daniel (risos).

Qual a sua análise dessa temporada?

- Analise boa da temporada. Me destaquei onde fui emprestado e por isso voltei ao Fluminense. Infelizmente não tive sequência de jogos, mas acho que, quando entrei dentro de campo, fui bem. Foi um ano muito bom, tive uma sequência quando emprestado, não tive lesão. Me sinto mais maduro.

Você era um dos mais chamados pela torcida, mas teve poucas oportunidades com Marcelo Oliveira. Por que acha que teve pouca chance?

Conversei com ele, passou os pontos que achava que tava faltando e creio que melhorei isso nos treinamentos. Acabou que ele me relacionava e não me dava oportunidade de jogar. Depois, não perguntei mais porque não estava entrando em campo.

Quais pontos eram esses?

Faltava eu chutar mais de fora da área, entrar mais dentro da área. Então, comecei a treinar mais isso. Ele falava que queria mais finalização. Consegui melhorar isso no meu jogo.

Daniel reestreou contra o Cruzeiro (Foto: Lucas Merçon/Fluminense) 

Amigo seu, Calazans também passou por isso...

Eram posições diferentes. Ele teve o problema da lesão, mas lógico que ficava chateado por não ir pros jogos. Cada um desabafava o seu lado pessoal.

Mas para 2019, parece que o jogo mudou. Fernando Diniz te conhece, te elogiou e será o treinador. Qual a sua expectativa?

A primeira vez que fui jogar com ele, estava aprendendo. Hoje, eu já conheço o jeito de jogar. Vai ser muito bom, pois o esquema tático dele favorece muito meu estilo.

Muitos falam que trabalhar com Diniz é diferente pela sua forma de pensar o futebol. Você é um velho conhecido desse trabalho. Como são esses treinamentos?

O treino dele é mais prolongado. Ele só acaba quando o treino está perfeito. Por isso o treino dele é diferente. É algo fácil, o esquema tático dele é pra facilitar todos. Ele faz grande trabalhos porque o esquema dele facilita todo mundo.

Talvez seja a melhor chance em anos pra você se firmar de vez no Flu. Concorda?

Acredito que sim. É o momento que eu sempre esperei desde que cheguei no profissional. Tenho que agarrar a oportunidade com unhas e dentes para deslanchar no profissional. O que tá se desenhando é a minha melhor chance e tenho que aproveitar.

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