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Da aposta a consolidação: Alisson chega a Copa com status elevado

Goleiro supera início de desconfiança como titular na Seleção, primeira temporada no banco da Roma, entre outros obstáculos, para chegar ao Mundial com a carreira em alta

23 mai 2018 - 07h01
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Alisson vive um momento único na carreira. Titular e um dos principais jogadores na temporada da Roma, o goleiro, que se apresentou nesta terça-feira ao técnico Tite, chega para a Copa do Mundo com um status elevado e como dono da meta verde e amarela. Contudo, esse cenário parecia pouco provável há aproximadamente três anos atrás.

Alisson assumiu a titularidade do gol da Seleção no início das Eliminatórias (Foto: Pedro Martins / MoWA Press)
Alisson assumiu a titularidade do gol da Seleção no início das Eliminatórias (Foto: Pedro Martins / MoWA Press)
Foto: Lance!

Então atleta do Internacional, clube onde foi revelado, a convocação de Alisson realizada por Dunga, então técnico da Seleção neste início de ciclo para o Mundial da Rússia, foi visto como uma aposta futura. No entanto, logo após a derrota para o Chile, o então comandante canarinho fez um questionamento ao preparador de goleiros Taffarel.

- O Dunga me questionou se o Alisson teria condições de ser titular não só diante da Venezuela, mas contra a Argentina. Dunga queria saber se ele estava preparado para um teste de fogo. Eu disse que sim - revelou o goleiro do tetra.

Após a barração Jefferson, Alisson estreou com vitória diante da Venezuela. Superou a desconfiança inicial em seu nome e não perdeu mais o posto com a camisa verde e amarela. Regular no Inter, despertou interesse da Roma. Foi negociado em 2016, mas logo na primeira temporada amargou o banco e pouco jogou. Mas a falta de ritmo de jogo no futebol europeu não foi, em um primeiro momento, uma preocupação da comissão técnica da Seleção.

- O Alisson tem muita personalidade. Isso ajudou muito quando ele deixou o Inter, onde era titular, e ficar no banco no início na Roma. Mas ele dava o máximo nos treinamentos, para chegar bem na Seleção. Demos muita confiança para ele e isso fez a diferença. O normal seria que já que não estava atuando, não seria chamado. Mas não é por aí. E todas as vezes que ele veio, jogou muito bem - lembrou Taffarel.

Na atual temporada, veio a mudança completa: titular absoluto também na equipe da capital italiana, foi um dos jogadores mais importantes para campanhas sólidas da Roma, sobretudo na Liga dos Campeões, onde pararam na semifinal, mas eliminaram o Barcelona. Muito mais do que sequência de jogos no Velho Continente ou representando seu país, Alisson evoluiu como goleiro.

- O Alisson melhorou muito o seu jogo. Aprendeu e cresceu sabendo sair jogando com os pés. Sempre teve muito brilho. E agora está desfrutando e entrou no hall dos melhores do mundo na atualidade - destacou Taffarel.

Alisson já defendeu a Seleção Brasileira, desde aquele jogo em 2015 contra a Venezuela, em 24 oportunidades. Todo esse cenário faz a imprensa europeia especular o nome do jogador em outros centros na próxima temporada. Com a abertura da janela de transferências, aliado a um bom desempenho na Rússia, é possível que a Roma receba propostas. Real Madrid e Liverpool, que disputam a final da Liga dos Campeões neste sábado, seriam dois dos interessados.

Mesmo cheio de prestígio e com a condição de titular "assegurada", Alisson terá duas sobras, na avaliação da comissão técnica, do mesmo nível durante a preparação até a estreia diante da Suíça, no dia 17 de junho, em Rostov.

- O Alisson e o Ederson, como eram chamados com frequência, natural que sejam o primeiro e o segundo. O Cássio está chegando, mas não significa que com trabalho não venha a ser titular - afirmou Taffarel.

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