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Corinthians melhorou e pode crescer, mas é preciso reconhecer limitações

Atuações diante de equipes melhores, como Palmeiras e Red Bull Bragantino, mostram que ainda falta muita coisa para o Timão bater de frente com adversários desse nível

26 jan 2021 - 08h02
(atualizado às 08h02)
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O Corinthians sofreu mais uma derrota daquelas que ficam como lição para o clube nessa busca por uma vaga na Copa Libertadores. O placar de 2 a 0 para o Red Bull Bragantino foi mais um "choque de realidade", a exemplo daquele contra o Palmeiras. O momento do time é de melhora, mas é preciso entender que há algumas limitações que exigem cautela contra certos adversários.

Cazares, em boa fase, não conseguiu repetir as atuações recentes no Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)
Cazares, em boa fase, não conseguiu repetir as atuações recentes no Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)
Foto: Lance!

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Embora atrás na tabela, o Bragantino tem uma formação de equipe melhor que a do Timão, contando com Claudinho, um jogador que desequilibra qualquer partida. Apesar de ter mais nomes experientes e individualmente melhores, o Alvinegro não conta com as melhores fases de cada um e como conjunto ainda há uma defasagem, principalmente contra rivais desse nível mais alto.

Isso ficou ainda mais evidente no Dérbi, quando a goleada por 4 a 0 pareceu a vitória de um time adulto contra um time juvenil, o que é natural até pelo momento dos clubes dentro e fora de campo. Aquele "choque de realidade" parecia ter trazido a lição de não encarar de igual para igual esses adversários que claramente são melhores. No entanto, o padrão foi repetido contra o RB.

Ainda que o gol no início tenha provocado uma mudança grande na estratégia, a marcação adiantada e o espaço dado para a velocidade dos atacantes do Red Bull foram cruciais para que eles tenham sido perigosos a cada descida. Como o próprio Vagner Mancini atentou em sua entrevista coletiva, os passes entrelinhas entraram quase todos, como aconteceu contra o Palmeiras.

Quem somos nós para falar, mas talvez usar a estratégia "old school" do Corinthians, de esperar esses adversários e usar o contra-ataque, fosse a melhor escolha para neutralizar, ainda mais com Gustavo Mosquito em boa fase e Cazares inspirado nos passes. Erros em saídas de bola e espaço dado a esse tipo time, são fatores fatais para ser derrotado, assim como aconteceu.

A evolução da equipe é evidente sob o comando de Vagner Mancini e isso deve continuar assim, especialmente contra os adversários mais fracos, diante dos quais as vitórias têm sido tranquilas e consistentes, que é exatamente o "dever" do Corinthians nesta edição do Brasileirão. A realidade do clube é brigar no meio da tabela e quem sabe aspirar por vaga em um possível G8 na tabela.

É preciso ficar atento ao que fazer daqui para frente, já que cinco dos próximos sete adversários (Ceará, Athletico-PR, Flamengo, Santos e Internacional) são do mesmo nível ou melhores do que o Timão. Caso a postura seja a mesma dos duelos com Palmeiras e Red Bull Bragantino, ficará muito difícil sonhar com vaga na Copa Libertadores. Já os outros dois compromissos nesta reta final, contra Bahia e Vasco, são daqueles para garantir os seis pontos sem crise.

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