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Corinthians faz último jogo antes de pausa em busca da eficiência perdida

Comparadas as 11 primeiras rodadas do Brasileirão de 2017 e 2018, Timão mantém posse de bola e troca de passes, mas peca em finalizações: recuperação pode vir contra o Bahia

13 jun 2018 - 06h04
(atualizado às 09h01)
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A partida desta quarta-feira, às 21h45, contra o Bahia, na Fonte Nova, será a última do Corinthians antes da parada para a Copa do Mundo. Não é segredo que esse tempo servirá para muitos ajustes no time, que vê seu desempenho em queda após a saída de Fábio Carille. Um desses acertos, porém, pode ser feito ainda nesta 12ª rodada: recuperar a eficiência perdida. O próprio técnico Osmar Loss não esconde a ansiedade para a pausa.

'Troca de figurinhas': Loss quer dar sequência ao trabalho de Carille no Timão
'Troca de figurinhas': Loss quer dar sequência ao trabalho de Carille no Timão
Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians / Lance!

Uma das características mais marcantes do time campeão brasileiro em 2017 era a letalidade de seu ataque, que precisava de poucas investidas para marcar um gol e garantir a vitória, já que a defesa deu conta do recado durante toda a competição. Nas 11 primeiras rodadas do ano passado, o Timão marcou 19 gols e precisou de 115 finalizações para acumular esses tentos, ou seja, a cada 6,1 chutes, um balançou a rede.

Parte dessa grande eficiência corintiana de construir seus resultados vinha da grande fase de Jô, que foi o artilheiro do campeonato em 2017. Até a 11ª rodada, o centroavante havia marcado seis gols, tendo precisado finalizar 18 vezes para conseguir esses tentos. Em média, a cada três chutes, um ele guardou.

Neste ano, com as saídas de jogadores como o próprio Jô, Pablo e Guilherme Arana, as coisas ficaram mais complicadas, mas com sua forte defesa acertada e a manutenção de Carille, as deficiências foram amenizadas e a equipe conquistou o Paulistão em seu velho estilo.

No entanto, começou o Brasileirão e essas limitações tomaram uma outra proporção, agravadas pela saída de Carille, que aceitou oferta para trabalhar na Arábia Saudita. Em seu lugar, Osmar Loss, que já era assistente da equipe, foi efetivado ao cargo de treinador, e de lá para cá são seis jogos, com apenas uma vitória, dois empates e três derrotas.

Segundo as estatísticas fornecidas pelo Footstats, porém, alguns quesitos do time atual são bastante parecidos com o do ano passado nas 11 primeiras rodadas do Brasileirão. Dados de posse de bola, passes certos, chances criadas, lançamentos e desarmes certos são semelhantes ou até melhores do que em 2017.

Posse de bola

2017

- 51,8% (média por jogo)

2018 - 51,2% (média por jogo)

Passes certos

2017

- 408,6 por jogo

2018 - 413,1 por jogo

Assistências para finalizações (chances criadas)

2017

- 8,4 por jogo

2018 - 7,8 por jogo

Lançamentos

2017

- 35,5 por jogo

2018 - 32,2 por jogo

Desarmes certos

2017

- 15,5 por jogo

2018 - 13,7 por jogo

Contudo, se formos analisar outras estatísticas, encontraremos uma diferença considerável na eficiência do time em relação ao ano anterior. Isso porque em 2018 a equipe finaliza menos, com maior índice de erro e precisa de mais chutes a gol para poder balançar a rede do adversário.

O Corinthians é o time que menos finaliza no Brasileirão deste ano. São, em média, 9,6 finalizações por partida, sendo que 3,3 vão em direção ao gol, ou seja, 66% dos chutes passam longe da trave. No campeonato passado esse índice era de 56%, o que mostra uma significativa diferença.

Já no quesito 'finalizações necessárias para marcar um gol', também houve queda. Enquanto em 2017 o time precisava de apenas seis chutes para balançar a rede, em 2018 essa média aumentou para quase nove. Isso quer dizer que o Timão tem desperdiçado mais chances de gol do que no passado.

Finalizações

2017 - 10,5 por jogo (4,6 certas por jogo) 44,3% de acerto

2018 - 9,6 por jogo (3,3 certas por jogo) 34% de acerto - time que menos finaliza

Finalizações até marcar um gol

2017

- 6,1 finalizações para marcar gol (2,7 certas para marcar gol)

2018 - 8,8 finalizações para marcar gol (3,0 certas para marcar gol)

Gols

2017 - 19

2018 - 12

É verdade que Jô faz muita falta e, por sua importância, é praticamente insubstituível, também não seria justo compará-lo com Roger, que acabou de chegar e ainda precisaria de tempo para se adaptar ao estilo de jogo corintiano, mas vale mostrar a diferença dos números dos dois nesta altura do campeonato.

Em 2017: Jô - 3 finalizações para marcar um gol (2 certas para marcar um gol) - 6 gols em 11 jogos

Em 2018: Roger - 5 finalizações para marcar um gol (4 certas para marcar um gol) - 2 gols em 8 jogos

Contra o Bahia, nesta quarta-feira, Roger e o Corinthians terão a chance iniciar esse processo de retomada da eficiência do time e ir para a pausa da Copa do Mundo com perspectiva de voltar mais perto dos líderes no segundo semestre, de forma a ter tranquilidade para trabalhar durante o período sem jogos.

Lance!
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