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Corinthians do 'cobertor curto' pode pagar caro pela instabilidade

Reconhecida pela eficiência defensiva, marca também de seu treinador, equipe se lançou mais contra o Vitória, mas deixou um caminho para o rival chegar ao gol com facilidade

22 out 2018 - 07h57
(atualizado às 08h27)
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De um time que tem a defesa como ponto mais forte, o Corinthians passou a oferecer um convite para o adversário se lançar à sua área e criar chances de gol. Isso aconteceu neste domingo, no empate por 2 a 2 contra o Vitória. Foi talvez a partida sob o comando de Jair Ventura em que os espaços na defensa foram mais notáveis. No ataque, porém, o time melhorou e criou chances, algo que não vinha acontecendo. É um Timão de cobertor curto, algo que pode custar caro lá na frente.

Atacantes do Corinthians brigam contra a marcação (Foto: Tiago Caldas/Foto arena)
Atacantes do Corinthians brigam contra a marcação (Foto: Tiago Caldas/Foto arena)
Foto: Lance!

No Barradão, com dez minutos de jogo o Vitória já tinha criado três boas chances e aberto o placar. O espaço entre o meio de campo e a defesa, a falta de entrosamento da linha de quatro e a desatenção foram fatores que permitiram ao rubro-negro sair na frente. Isso, convenhamos, era muito difícil de ver no Corinthians, inclusive com Jair, notadamente um técnico de mais efeitos defensivos do que ofensivos.

Por outro lado, o Corinthians teve força de buscar o resultado ainda no primeiro tempo e até de virar o jogo no fim, voltando a marcar com um atacante depois de um mês e quinze dias, com Roger. Um alento, mas que depois virou frustração com mais um vacilo da defesa e o gol de empate no último lance. É preocupante, como afirmou o meia Jadson depois da partida.

- Parece que nos jogos a gente tem sofrido para fazer os gols e acaba entregando gols para o adversário de bandeja. Precisamos ter mais atenção. A gente sabe que nossa equipe bem concentrada é muito forte, mas não podemos entregar gols assim com facilidade - afirmou o meia, depois da partida.

Jadson está correto. Tem sido recorrente o Corinthians sofrer gols em vacilos, sejam individuais ou coletivos. Foi assim na final da Copa do Brasil contra o Cruzeiro, quando Léo Santos falhou e permitiu ao time mineiro abrir o placar na Arena. É uma missão de Jair para os próximos dias recuperar a confiança e a estabilidade do time. Caso contrário, a situação ficará complicada.

Na reta final do Brasileiro, o Corinthians tem agora o Bahia pela frente, sábado na Arena. Tem uma semana cheia para trabalhar e tempo para fazer ajustes. É preciso ter em mente de que descuidos podem não ser mais reversíveis. A cada rodada, a situação fica pior.

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