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Conselheiras de grupo propõe emenda por igualdade racial, de gênero e identidade no Flamengo

Associadas, Bruna Severo, Claudia Simas e Andresa Martins, do grupo político 'Flamengo da Gente', estão à frente da iniciativa em prol de inclusão no clube

8 mar 2021 - 12h09
(atualizado às 12h13)
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Por ocasião do Dia Internacional da Mulher (8 de março), conselheiras do Flamengo apresentaram uma proposta de emenda ao estatuto do clube visando à promoção de igualdade racial, de gênero e de identidade.

Gávea: sede oficial do Flamengo (Foto: Reprodução/Site Oficial)
Gávea: sede oficial do Flamengo (Foto: Reprodução/Site Oficial)
Foto: Lance!

Sócias-proprietárias e integrantes do conselho deliberativo do Flamengo, Bruna Severo, Claudia Simas e Andresa Martins, do grupo político "Flamengo da Gente", estão à frente da iniciativa em prol de inclusão.

- O principal objetivo desta ação é solicitar a criação de uma subdivisão dedicada às questões de Diversidade e Inclusão dentro da Vice-presidência de Responsabilidade Social e Cidadania do Clube de Regatas do Flamengo, possibilidade prevista no estatuto. A subdivisão ficaria responsável pelas ações que promovam a Diversidade e a Inclusão dentro do clube, como a criação de protocolos que incluam, especificamente, penalidades em casos de violência de gênero, LGBTIfobia e discriminação racial - diz parte da proposta do grupo.

Também é sugerido que haja uma "inclusão da opção do Nome Social no cadastro dos associados e, consequentemente, nas carteiras de sócio do clube e de de sócio-torcedor".

Em documento compartilhado com veículos de imprensa, é ressaltado ainda que o Flamengo não seria o primeiro clube a fazer valer o direito de utilização do nome social no cadastro, citando Bahia e Paysandu como exemplos no país.

Veja outras reivindicações:

"Emenda também pretende alterar redação de dois artigos no estatuto para

fortalecer a diversidade e a inclusão

Como forma de refletir esse novo posicionamento do clube, a emenda das

conselheiras do Flamengo da Gente sugere, ainda, a mudança na redação de dois artigos do estatuto, de forma que evidenciem a preocupação e responsabilidade do Flamengo com todas as dimensões de Diversidade e Inclusão, respeitando e alinhando o clube às políticas e práticas internacionais de combate à violência de gênero, combate ao racismo e às desigualdades raciais, combate à intolerância e ao preconceito contra a comunidade LGBTI+, inclusão de pessoas com deficiência, respeito e estímulo à liberdade religiosa e proteção à terceira idade.

Por sua importância e por seu tamanho, Flamengo deve ser protagonista de

ações de igualdade, de diversidade e de inclusão

O Flamengo da Gente entende que o Clube de Regatas do Flamengo deve estar alinhado a políticas e práticas internacionais de Diversidade e Inclusão e de combate à violência de gênero, ao racismo e à LGBTIfobia.

A FIFA, bem como outros campeonatos nacionais como a La Liga (Espanha) e a

Premier League (Inglaterra) e clubes de diversos países como o Valencia (Espanha), Fenerbahçe (Turquia) e o Vélez Sarsfield (Argentina), já possuem diretrizes, protocolos e metas para coibir a violência e a discriminação racial, de gênero ou a LGBTIfobia. Alguns clubes no Brasil, como o Bahia, também já possuem políticas claras nesse sentido.

O Flamengo da Gente acredita que o Flamengo deve assumir o protagonismo que lhe cabe nesse processo, fazendo jus a sua grandeza e vanguardismo no esporte nacional e internacional e, claro, resguardando a própria imagem e reputação do clube.

Emenda é iniciativa de frentes do Flamengo da Gente e obteve 51 assinaturas

A proposta é fruto direto do trabalho coletivo entre três frentes do Flamengo da Gente: a frente Mulambas da Gente, a frente LGBTI+ e a Frente pela Igualdade Racial. O documento é encabeçado por três sócias-proprietárias e integrantes do Conselho Deliberativo do clube, Bruna Severo, Claudia Simas e Andresa Martins, e obteve a assinatura de 51 conselheiros e conselheiras, não necessariamente vinculados ao Flamengo da Gente. Após o protocolo, mais assinaturas poderão endossar a proposta.

A partir de 50 assinaturas, o estatuto do clube exige que o presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo remeta a proposta à Comissão Permanente de Estatuto para regular processamento e apreciação."

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