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Com Corinthians 'travado', Carille tem primeiro teste de fogo em 2018

Treinador vem apontando as principais deficiências do time, mas não tem conseguido solucionar. Ele fala até em rever seus treinos, no momento em que clube muda de direção

15 fev 2018 - 06h20
(atualizado às 11h50)
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O momento ruim do Corinthians pode ser medido por palavras e ações de seu treinador. Com a falta de desempenho e (pior) de resultados nas últimas rodadas, Fábio Carille tem feito alertas para determinadas situações que o preocupam, mas não tem conseguido resolver os problemas. O agravo da situação gerou a derrota para o São Bento no primeiro jogo na Arena em 2018, e a segunda consecutiva no Campeonato Paulista, algo que não acontecia desde 2014, quando o Timão ainda era comandado por Mano Menezes.

Carille viu o Corinthians perder mais uma vez
Carille viu o Corinthians perder mais uma vez
Foto: Ricardo Moreira / Fotoarena / Lance!

Vamos ao que tem dito Carille. Erros de passes. Contra o São Bento, o Corinthians atingiu sua pior performance no Paulista no quesito, na visão da comissão técnica. Êxito no fundamento é considerado essencial para o sucesso do novo esquema projetado para a temporada, o 4-1-4-1. No momento, o treinador diz que ainda não cogita alterar o sistema, mas admite que tem de jogar muito mais.

A segunda grande preocupação do treinador neste início de ano é velha: a bola aérea. Foi o fantasma de 2017 e voltou a assombrar. Contra o São Bento, surgiu o primeiro gol oriundo de uma bola parada, após cobrança de escanteio. Dos seis gols sofridos na temporada em jogos oficiais, três saíram da maldita bola aérea. Carille treina, treina, mas não consegue anular o problema. Já identificou que precisa de jogadores mais altos. O volante Ralf, de 1,82m, foi uma opção levantada pela diretoria. E aceita.

Sem encontrar soluções no campo, o treinador falou até em rever se seus treinamentos estão adequados ou se o problema são apenas as peças mesmo. É uma situação curiosa para o atual campeão estadual e brasileiro, mas que externa a humildade de um profissional obcecado pelo trabalho. Carille espera encontrar a melhorar no CT Joaquim Grava e não quer apelar para a saída mais simples, que seria a cobrança por reforços.

Neste ponto, vale frisar outro aspecto. O momento abaixo do planejado surge no início da nova gestão, do presidente Andrés Sanchez. O dirigente sempre bateu na tecla de que o trabalho do treinador teria continuidade, mas toda mudança de direção traz suas peculiaridades, anseios, incertezas. Ao mesmo tempo, surgiu um contato do Atlético-MG interessado em Carille e o assunto ficou público. É uma situação inédita na ainda breve carreira do comandante, tão jovem quanto vencedor.

Nesta quinta-feira, Carille já começa a preparar o time de olho no Red Bull Brasil na próxima segunda-feira e logo mais terá o início da Libertadores. O treinador sabe que seu time precisa jogar muito mais. Para isso, terá de destravar uma engrenagem que já deu certo, mas que passa pelo sempre complicado momento de transição.

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