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CBF deixa de solicitar reembolso de quantias fraudadas por ex-dirigentes

Justiça americana tinha dado prazo à entidade brasileira até a última segunda, para realizar o pedido de ressarcimento do dinheiro desviado por Marin, Del Nero e Ricardo Teixeira

7 ago 2018 - 12h45
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tinha até a última segunda para solicitar os recursos fraudados pelos ex-dirigentes da entidade, no entanto, nenhuma proposição foi realizada e esse dinheiro não será ressarcido de volta aos cofres da entidade. Outras entidades fizeram o pedido para a corte de Justiça, em Nova Iorque.

José Maria Marin, ex-presidente da CBF e hoje condenado por fraudes e lavagem de dinheiro (Rafael Ribeiro/CBF)
José Maria Marin, ex-presidente da CBF e hoje condenado por fraudes e lavagem de dinheiro (Rafael Ribeiro/CBF)
Foto: Lance!

De acordo com levantamento da própria justiça americana, os últimos presidentes teriam desviado mais de 100 milhões de dólares (quase 400 milhões de reais). Jose Maria Marin e Marco Polo Del Nero fraudaram mais 48,5 milhões de reais. Na Espanha, a entidade, que sofre escândalos políticos com relação ao ex-presidente do Barça, Sandro Rosell, também não solicitou o ressarcimento, alegando não ter sofrido maiores danos.

Condenado por organização criminosa, fraude financeira e lavagem de dinheiro, Jose Maria Marin terá pena estabelecida no próximo dia 17 de agosto. As competições que Marin teria fraudado, foram: Taça Libertadores, Copa do Brasil e Copa América. Já Del Nero e Ricardo Teixeira, ex-membros do Comitê Executivo da Fifa, usaram indevidamente cerca de 20 milhões de reais da Fifa, com gastos em hotéis, viagens e salários.

Mesmo com a passividade da CBF em relação ao ressarcimento dos fundos mal usados pelos cartolas brasileiros, a Fifa enviará ao Estado americano a solicitação de reembolso, para a própria instituição. Conforme o documento, "ao longo dos anos, os ex-presidentes abusaram de suas posições para se enriquecerem, enquanto causavam danos significativos para a Fifa" Leia mais um trecho do comunicado proposto pela Fifa:

"Os danos foram amplas perdas financeiras (incluindo salários e dinheiro desviados ao seus bolso), assim como dano para a reputação, relações comerciais e à propriedade intelectual da Fifa", afirmaram os advogados. "Esse dinheiro não foi desviado apenas da Fifa, mas dos jogadores, técnicos e torcedores pelo mundo. Esse dinheiro era para ter sido usado para construir campos, não mansões e piscinas", atacou a Fifa. "Era para comprar uniformes, não joias e carros e não dar um estilo de vida abusivo aos dirigentes"

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