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CBF anuncia desistência do Brasil sediar o Mundial feminino em 2023

Falta de garantias do Governo, impacto da pandemia do novo coronavírus e risco de acúmulo de eventos pesaram para decisão. Brasil apoiará candidatura da Colômbia

8 jun 2020 - 19h19
(atualizado às 19h24)
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As chances da Copa do Mundo feminina serem disputadas no Brasil em 2023 foram definitivamente sepultadas. Em nota nesta segunda-feira, a CBF anunciou que decidiu retirar a candidatura "após uma minuciosa avaliação" e manifestou seu apoio para que a Colômbia seja palco do Mundial.

CBF não conseguiu dar garantias à Fifa (Foto: Assessoria / CBF)
CBF não conseguiu dar garantias à Fifa (Foto: Assessoria / CBF)
Foto: Lance!

De acordo com a entidade, uma análise da Fifa sobre a candidatura brasileira "considerou que não foram apresentadas as garantias do Governo Federal e documentos de terceiras partes, públicas e privadas, envolvidas na realização do evento". A CBF destacou que "compreende a necessidade da Fifa de obter tais garantias e sabe que elas fazem parte do protocolo padrão da entidade internacional, sendo elemento fundamental para conferir a segurança necessária para efetiva realização de eventos deste porte".

Além disto, frisou que o Governo Federal chegou a elaborar uma carta de apoio institucional para receber o torneio do ponto de vista estrutural. Entretanto, "ressaltou que, por conta do cenário de austeridade econômica e fiscal, fomentado pelos impactos da pandemia da COVID-19, não seria recomendável, neste momento, a assinatura das garantias solicitadas pela Fifa".

A CBF contou que o impacto da pandemia do novo coronavírus pesou para a decisão.

"Diante do momento excepcional vivido pelo país e pelo mundo, a CBF compreende a posição de cautela do Governo brasileiro, e de outros parceiros públicos e privados, que os impediu de formalizar os compromissos no prazo ou na forma exigidos".

Além disto, a entidade falou que o excesso de eventos esportivos seria um empecilho para a candidatura brasileira.

"Soma-se a isso a nossa percepção, construída durante o processo, de que o acúmulo de eventos esportivos de grande porte realizados em curto intervalo de tempo no Brasil - Copa das Confederações 2013, Copa do Mundo FIFA 2014, Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, CONMEBOL Copa América 2019 e Copa do Mundo FIFA Sub-17 2019 - poderia não favorecer a candidatura na votação do próximo dia 25 de junho, apesar de serem provas incontestáveis de capacidade de entrega".

A entidade exaltou o apoio que recebeu:

"A CBF agradece a todas e todos que participaram da candidatura brasileira e reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do futebol feminino no país. Um compromisso que vem sendo demonstrado tanto no fortalecimento das competições entre clubes, quanto das Seleções Nacionais. Seguimos com o objetivo de realizar uma edição da Copa do Mundo Feminina Fifa em gramados brasileiros e a trabalhar para que isso aconteça assim que possível".

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