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'Caso Daniel' tem novas revelações: relembre o assassinato do jogador

Depoimentos dos sete réus pelo assassinato do então jogador do Coritiba estão marcados para o próximos mês de agosto. Seis pessoas estão presas desde novembro pelo crime

20 jul 2019 - 08h18
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O caso envolvendo a morte do jogador Daniel segue repercutindo e tendo novos capítulos. Nesta semana, novas informações reforçaram a tese de que Edison, autor confesso do assassinato, teria convidado o atleta para dormir com sua mulher na manhã do dia do crime. E mensagens divulgadas pelo portal "G1" mostraram que a filha de Edilson marcou um encontro com testemunhas no dia seguinte ao crime.

O LANCE! relembra os principais capítulos do caso Daniel.

Morte confirmada

(Foto: Rubens Chiri / São Paulo)

No dia 28 de outubro de 2018, a assessoria de imprensa de Daniel confirmou a morte do meia. Em nota, disse que o seu corpo foi encontrado em Curitiba (PR) no dia anterior, com indícios de assassinato.

Além do São Bento, São Paulo, Botafogo, Coritiba e Ponte Preta manifestam, em suas respectivas redes sociais, o pesar pelo falecimento do jogador de 24 anos.

Dias depois, dezenas de pessoas vão ao velório do ex-jogador. No dia 29, Edison Brittes Júnior, com quem Daniel estava em uma boate em Curitiba na noite anterior ao crime, liga para dar os pêsames à família.

Assassino se entrega

Edison Brittes confessou o crime (Reprodução)

Edison Brittes Junior se entrega à polícia em São José dos Pinhais (PR) e assume a autoria do assassinato. Seu argumento é de que Daniel tentou estuprar sua esposa, Cristiana. Segundo ele, a sessão de espancamento do jogador teria começado em sua casa, para onde todos foram após o aniversário de 18 anos de Allana, filha do casal.

Também são detidas sua esposa Cristiana e sua filha Allana, ambas por tentar acobertar o crime. Mais tarde, são presas outras três pessoas que teriam participado do homicídio (David Vollero, Ygor King e Eduardo da Silva).

Estupro descartado

Daniel estava no Coritiba (Divulgação)

O argumento de tentativa de estupro de Daniel em Cristiana é refutado pelo promotor João Milton Salles sob alguns motivos. Ele ingerira alto teor alcoólico durante a festa (13,4 dg/L) na qual encontrou-se com a família.

Além disto, o promotor afirma que Daniel não praticaria um abuso sexual em um ambiente no qual estavam várias pessoas próximas. Aos olhos de João Milton Salles, o perfil do jogador não corresponde ao de um estuprador e nenhuma testemunha ouviu os gritos de Cristiana.

Em reportagem divulgada no "Fantástico", há uma revelação de mensagens de Daniel. O jogador, embriagado, entrou no quarto onde Cristiana estava dormindo e tirou fotos.

Tortura

Daniel teve passagem pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/SSPress)

A confirmação de que Daniel foi agredido foi dada por testemunhas na casa dos Brittes. Já bastante ferido, o jogador de futebol foi colocado no porta-malas do veículo de "Juninho Riqueza".

Além de Igor Kyng e David Willian Vollero, que são amigos de Allana, está no veículo Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, namorado da prima de Cristiana. De acordo com os amigos de Allana, são ouvidos murmúrios de estrangulamento.

Eduardo e Edison descem do carro e tiram Daniel do porta-malas. Igor e Daniel afirmam que, inicialmente, queriam deixar Daniel nu no meio da rua.

O encontro

Família se encontrou com testemunhas (Reprodução/RPC)

Segundo reportagem do "Fantástico", todas as pessoas que estiveram na cena do crime se encontraram na praça de alimentação em um shopping em São José dos Pinhais (PR) no dia 5 de novembro para combinar as versões contadas para a polícia.

Prisão decretada

Autor confesso do crime está preso (Reprodução)

Em 29 de novembro de 2018, a Justiça do Paraná decreta a prisão preventiva de seis pessoas: Edison Brittes, o "Juninho Riqueza", sua esposa Cristiana, sua filha Allana e os convidados Eduardo da Silva, David Vollero e Ygor King. Ainda há uma sétima ré: Evellyn Brisolla Perusso, com quem Daniel "ficou" naquela noite e cometeu falso testemunho, que responde em liberdade.

EDISON BRITTES - homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.

EDUARDO DA SILVA - homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual

DAVID VOLLERO - homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, denunciação caluniosa e fraude processual

YGOR KING - homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual

CRISTIANA BRITTES - homicídio qualificado, fraude processual e coação de testemunha

ALLANA BRITTES - coação de testemunha e fraude processual

EVELLYN BRISOLLA PERUSSO - denunciação caluniosa e fraude processual

O julgamento do "Caso Daniel" teve início em fevereiro deste ano, quando foram ouvidas 14 das 77 testemunhas arroladas no caso. Na porta do fórum em São José dos Pinhais, um grupo pediu "justiça". Algumas coisas começam a ser indicadas por testemunhas de acusação.

Novas revelações

Edison Brittes e sua família (Reprodução)

Nesta semana, novas informações voltaram a trazer o caso para os holofotes. A perícia realizada no celular de Cristina Brittes reforçou a tese de uma testemunha do caso, de que Edison teria convidado o atleta para dormir com sua mulher na manhã do dia do crime. De acordo com a investigação, a moça pesquisou por casas de swing no Google, através do celular. As informações são do "Tribuna da Massa".

Na última quinta-feira, segundo informação da RPC, Allana Brittes, filha de Edison Brittes, mandou mensagens para marcar o encontro com todas as testemunhas para combinar a versão do crime aos policiais.

Depoimentos marcados

Família Brittes deve prestar depoimento (Reprodução)

Os depoimentos da família Brittes e de outros quatro réus no processo que apura a morte de Daniel foram marcados pela 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais para os dias 13, 14 e 15 de agosto, segundo o "G1".

(Imagens: Reprodução de internet)
(Imagens: Reprodução de internet)
Foto: Lance!
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