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Campello diz que vitória foi da união: 'Se houve um traidor, não fomos nós'

Novo presidente do Vasco rebate acusações de Julio Brant por causa de racha na véspera da eleição no Conselho Deliberativo do clube e apoio de Eurico Miranda para seu triunfo

20 jan 2018 - 19h20
(atualizado às 19h59)
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Presidente eleito do Vasco para os próximos três anos, Alexandre Campello concedeu uma coletiva de imprensa na tarde deste sábado para falar sobre seus primeiros passos como novo mandatário do clube, apresentando Fred Lopes como vice-presidente de futebol, e responder algumas questões da sua polêmica vitória sobre Julio Brant, com quem rompeu união na véspera do pleito no Conselho de Beneméritos. Segundo ele, a vitória na eleição entre os sócios no dia 7 de novembro não foi do antigo aliado, mas da união da oposição.

Alexandre Campello foi eleito como novo presidente do Vasco na última sexta (Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br)
Alexandre Campello foi eleito como novo presidente do Vasco na última sexta (Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br)
Foto: Lance!

- Nós fazemos oposição desde sempre. Quero dizer que a união feita para vencer a eleição no dia 7 de novembro foi feita com muito trabalho. Quando foi visto que era necessário que a união acontecesse, eu trabalhei pessoalmente. Eu quero falar que quem ganhou essa eleição, não foi eu, nem o Brant, foi a união da oposição - disse Campello.

O triunfo gerou polêmica porque na união das chapas, Brant veio como presidente e Campello como seu vice. Porém, menos de 24h antes do pleito no Conselho Deliberativo, ele e seu grupo quebraram a aliança e ainda ganharam o apoio de Eurico Miranda. Por isso, Brant o acusou de traição. Porém, o novo mandatário se defende.

- Se houve um traidor nesse processo, não fomos nós, foi a 'Sempre Vasco', que esqueceu o que foi acordado. Iríamos fazer uma administração equilibrada. Depois da eleição no dia 7, nós fomos esquecidos, com eles tomando diversas atitudes e não falavam com a gente. Então, quem foi o traidor foi a 'Sempre Vasco'.

Apoio de Eurico

Os gritos (de Eurico após a vitória), muitos beneméritos são a favor do Eurico. Não podemos deixar que isso atrapalhe a nossa gestão. O Eurico surfou na onda, para tirar sarro do Brant. Eu não tenho nada a ver com isso, sou sempre sério. Volto a dizer: não haverá nenhum executivo ligado ao Eurico. Só não vê quem não quer. Isso é uma maldade. Sobre as pessoas que acharam que eu me associei à atual gestão, vou ter três anos para provar que não é verdade.

Quando eu saí da união com a Sempre Vasco, eu tive o cuidado de falar que o importante era o Eurico não ser eleito. Não entenderam a nota, então eu fiz um vídeo, não desenhei. Mas existem pessoas pré-dispostas a criticar. Eu sei que tenho que provar no cotidiano o meu trabalho. Somos todos Vasco, não Campello, nem Julio.

Futebol

Quero tranquilizar o atual treinador, Zé Ricardo. Vamos trabalhar para botar os salários em dia e fazer o planejamento para o jogo da Libertadores. O momento agora é de mostrar confiança ao grupo. Não vamos atrapalhar antes da partida (contra o Nova Iguaçu, neste domingo). Talvez na segunda-feira a gente faça uma apresentação mais formal

Fama de traidor entre os torcedores

Essa rejeição foi plantada nas mídias sociais. Assim muitas pessoas acabam criando opiniões e espalhando, sem fazer uma pesquisa. Já me apresentei. É muito ruim para alguém que dedicou a vida toda ao Vasco ser chamado de traidor, quando somos de oposição. Isso é fruto do trabalho da mídia, influenciado pela Sempre Vasco. Minha família está sendo atacada, ameaçados de morte. Um irresponsável disse que sou flamenguista. Eu, na segunda-feira, vou na delegacia e espero que os responsáveis sejam punidos.

Arrogância de Brant

Essa derrota (do Brant) mostra o desconhecimento do estatuto. Eles ganharam no dia 7 e acharam que já estava ganha. Se mostraram arrogantes. Com a chapa 'Sempre Vasco', o Vasco se tornaria ingovernável. A gente já tinha os votos sem o apoio da atual gestão. Se ele veio por conta de desavenças, todo voto é bem visto.

Nós fomos surpreendidos pela entrevista do Julio, que disse que ia tomar o clube de assalto e revoltou os beneméritos. Disse que quem seriam os responsáveis e não haveria espaço para o nosso grupo e decidimos não fazer parte dessa farsa. Iríamos fazer parte da política do clube, mas o desrespeito continuou. Acho que eu estava atrapalhando algum andamento do negócio e os conselheiros resolveram rachar. Se não fosse eu o eleito, seria outro

Imagem arranhada após a vitória?

Sobre a questão da imagem, a verdade sempre prevalece. Eu tenho 30 anos de Vasco. Tudo o que eu fiz na minha vida foi pautado na correção. Os ataques foram frutos de influenciadores nas mídias. Eles fazem isso sem fazer uma pesquisa. Em relação ao grupo, acho que vamos ganhar a confiança no momento em que nos apresentarmos. Eles sabem ver seriedade no trabalho e é isso que vamos trazer para o Vasco. Vamos dar transparência ao clube, trazendo o sócio. Só abraçando o clube, vamos poder restaurar a imagem do Vasco. Vamos rever os contratos, entender a situação do clube. Estamos preparados para isso.

Missão como presidente do Vasco

A minha missão no Vasco, se não conseguir título nenhum, é tentar equilibrar o clube. Para isso precisamos da ajuda de todos os vascaínos, inclusive o Julio.

Transição

O fundamental é tentar colocar o salário em dia. A transição não será um problema. Eu tenho muito tempo de clube e sou muito bem visto por beneméritos e funcionários. Acho que não terei problema.

Vitória da união e motivos para o racha

O sócio não elegeu A ou B. Fizemos a união e a vitória foi do grupo. Volta a dizer, ganhamos no dia 7 de novembro, com a eleição marcada para o dia 15. Tentei marcar reuniões entre os grupos. Naquele primeiro momento, entendemos que a união tinha que ser feita. Depois as reuniões tinha quer ser feitas para poder gerir o Vasco. Eu sempre era chamado para participar das ações. A gente sabia que eles tinham reuniões sobre que ia assumir o que e nós não fizemos parte de nada. Só fomos ter uma reunião dos grupos no dia 8 de dezembro. Tínhamos que ver como iríamos ver como seria a administração, mas foram empurrando.

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